O Departamento Federal de Investigações dos Estados Unidos (FBI) identificou seis carteiras de Bitcoin (BTC) vinculadas ao grupo de hackers Lazarus, apoiado pelo governo norte-coreano. As seis carteiras contêm 1.580 BTC, no valor de US$ 40 milhões de acordo com o valor atual de mercado do BTC. Acredita-se que os fundos teriam sido acumulados a partir de vários hacks de criptomoedas realizados no ano passado.

Em sua investigação, o FBI descobriu que o Lazarus Group movimentou aproximadamente 1.580 BTC vinculados a várias explorações de criptomoedas. Esses fundos estão atualmente nos seguintes endereços de Bitcoin:

  • 3LU8wRu4ZnXP4UM8Yo6kkTiGHM9BubgyiG
  • 39idqitN9tYNmq3wYanwg3MitFB5TZCjWu
  • 3AAUBbKJorvNhEUFhKnep9YTwmZECxE4Nk
  • 3PjNaSeP8GzLjGeu51JR19Q2Lu8W2Te9oc
  • 3NbdrezMzAVVfXv5MTQJn4hWqKhYCTCJoB
  • 34VXKa5upLWVYMXmgid6bFM4BaQXHxSUoL

O FBI alertou as empresas de criptomoedas que a movimentação de fundos vinculados a esses endereços pode ser um sinal de que os hackers do Lazarus estão querendo se desfazer dos fundos roubandos. O órgão aconselhou as empresas de criptomoedas a ficarem atentos aos seis endereços de carteiras de Bitcoin e a usarem dados de blockchain para acompanhar a movimentação dos fundos.

"As entidades do setor privado devem examinar os dados de blockchain associados a esses endereços e ficar atentas para evitar transações derivadas desses endereços."

O grupo de hackers norte-coreano envolveu-se ativamente em várias explorações ligadas a criptomoedas ao longo dos últimos anos, roubando bilhões de dólares em ativos digitais. Um relatório recente do TRM Labs sugere que os hackers norte-coreanos roubaram quase US$ 2 bilhões em criptomoedas desde 2018. O ano de maior atividade do grupo foi 2022, qundo foi responsável pelo desvio irregular de quase US$ 1 bilhão em ativos digitais.

Em 2022, ocorreram algumas das maiores explorações da história dos protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), e o Lazarus Group foi identificado como o mentor por trás do hack da ponte Horizon da Harmony e do hack de US$ 625 milhões da Sky Mavis na sidechain Ronin Bridge vinculada à Ethereum, ambos ocorridos no ano passado.

Embora as explorações de criptomoedas devido a vulnerabilidades de código em plataformas e protocolos tenham aumentado devido à sofisticação dos métodos usados pelos hackers, a tecnologia blockchain dificulta a lavagem e a movimentação dos fundos ilícitos devido à tecnologia dos livros-razão públicos, que possibilita o rastreamento da movimentação de fundos on-chain.

Agências de aplicação da lei como o FBI e empresas de criptomoedas trabalharam conjuntamente em várias ocasiões no passado para congelar fundos vinculados a essas explorações. No início de fevereiro deste ano, a Huobi e a Binance congelaram US$ 1,4 milhão em criptoativos associados à Coreia do Norte. Da mesma forma, US$ 63 milhões em ativos vinculados ao hack da Harmony Bridge também foram congelados por exchanges de criptomoedas.

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