O ex-marido bilionário de Janet Jackson, Wissam Al Mana, exigiu que o Facebook revelasse quem estava por trás dos anúncios na plataforma que usavam sua imagem para promover um golpe de criptomoeda.

O caso decorre do final de fevereiro, quando Al Mana entrou com uma ação contra o gigante da mídia social sobre uma fraude de criptomoeda usando seu nome para se promover no Oriente Médio. Al Mana alegou difamação, falsidade maliciosa e publicidade falsa da suposta empresa de criptomoedas 'Bitcoin Trader'.

Processo judicial

Desde então, o Facebook excluiu os anúncios ofensivos, mas Al Mana está preocupado que os fraudadores possam publicar anúncios semelhantes contendo sua imagem no futuro. Seus advogados solicitaram uma ordem judicial que obrigaria o Facebook a revelar detalhes sobre os editores do anúncio, informou o Irish Times, em 25 de março.

Al Mana está buscando informações sobre os nomes, endereços, detalhes de contato, métodos de pagamento e endereço de cobrança dos fraudadores. Al Mana está processando o Facebook Ireland Ltd junto com as partes por trás dos anúncios.

A juíza da Suprema Corte, Leonie Reynolds, pediu às partes que resolvam suas diferenças antes de ouvir o pedido. O prazo de 12 meses para a audiência de disputa é em maio, no entanto, o advogado do Facebook afirmou que poderia ser estendido para 24 meses em meio ao surto de COVID-19.

Golpes de criptomoeda envolvendo grandes nomes

A alegação de falsa legitimidade através da apropriação da identidade de figuras conhecidas - incluindo Kate Winslet, Richard Branson, Elon Musk e Bill Gates - é popular entre os vigaristas de criptomoedas. Em novembro do ano passado, um juiz holandês ordenou que o Facebook pagasse 10.000 Euros (US$ 10.890) cada vez que um novo anúncio falso de Bitcoin com o criador do Big Brother, John de Mol, apareceu.

A comunidade cripto recentemente viu uma conta falsa do YouTube imitando Brad Garlinghouse, CEO da grande startup de blockchain Ripple, a fim de promover uma golpe. O golpista do YouTube está pedindo aos usuários que enviem entre 2.000 XRP e 500.000 XRP, a fim de "participar" de um airdrop de 20.000 a 5 milhões de XRP.

Outros estão se passando pela Organização Mundial de Saúde, na tentativa de roubar doações de criptomoedas para combater a pandemia do COVID-19.