O COO e cofundador da exchange brasileira BitcoinTrade, Daniel Coquieri, escreveu um artigo para o blog do jornalista Fausto Macedo, no portal do Estadão, tratando da popularização das criptomoedas no período de pandemia.

Segundo Coquieri, apesar da queda de 50% no crash de março, a recuperação rápida do mercado chamou atenção dos investidores. A falta de correlação com os mercados tradicionais e moedas fiduciárias também contribuiu para o fenômeno:

"Motivada pela descentralização do setor, ou seja, diferente do dólar ou ações, que dependem das decisões de um governo, o Bitcoin não é interferido pelo isolamento social e fechamento do comércio, e sim, pela oferta e procura. E foi isso que acarretou na queda no início da pandemia, pois no desespero, as pessoas optaram por tirar suas aplicações em Bitcoins para acessar suas moedas fiduciárias e pagar contas, gastar com emergências."

Ele, porém, diz que apesar de atrair mais investidores, ainda falta educação financeira e maior segurança para os recém-chegados ao mercado:

"Com as moedas digitais, assim como qualquer investimento, é necessário entender o mercado, a volatilidade da moeda, como funciona a tecnologia blockchain e quais as vantagens desse tipo de investimento, já que trata-se de um sistema totalmente disruptivo."

Ele conclui o artigo dizendo que a pandemia trouxe uma grande lição ao mercado cripto:

"Mas a grande lição que a pandemia trouxe aos investidores do mercado criptoativo foi entender a importância de analisar as aplicações em Bitcoins a longo prazo, graças ao seu potencial de impacto em termos de tecnologia. E vale lembrar que o ideal não é comprar tudo de uma vez. Separe seu investimento em alguns pedaços e faça compras parciais com o tempo, aproveitando as quedas que acontecem no ativo."

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