A plataforma CoinBR, parceira do Grupo Stratum, que intermedia a compra, venda e armazenamento de Bitcoin e criptomoedas, vive um problema inusitado, segundo denúncia feito pelo empresário Rocelo Lopes.
De acordo com o empresário, a empresa teve todas as suas contas encerradas por bancos e instituições financeiras por conta das operações da empresa com Bitcoin e criptoativos e por atender empresas deste ramo.
Entretanto, o vem sendo cobrada pelo Governo Federal e Estadual para que pague seus impostos, mas, sem conta bancária a única alternativa da empresa é pagar as faturas com dinheiro, mas, os bancos não podem receber boletos acima de R$ 10 mil reais.
A resolução 4.648 do Banco Central do Brasil determina que bancos não podem receber valores acima de R$ 10 mil, impossibilitando a CoinBr de arcar com suas obrigações para com o fisco.
"Art. 1º É vedado às instituições financeiras, a partir de 28 de maio de 2018, o recebimento de boleto de pagamento de valor igual ou superior a R$10.000,00 (dez mil reais) com a utilização de recursos em espécie", diz resolução do BACEN.
Desta forma, a empresa está ‘impedida’ de pagar seus impostos tendo em vista que só pode fazê-los por meio de uma conta bancária mas até mesmo bancos públicos como Caixa e Banco do Brasil se negam a abrir conta para a empresa.
Conforme processo em andamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, a CoinBr já teve conta fechada no Itaú, Siccob, Caixa, Banco do Brasil ,Santander, Bradesco e Original.
Como noticiou o Cointelegraph, um requerimento protocolado na Câmara dos Deputados pode ocasionar um dos debates mais esperados pela comunidade cripto/blockchain no Brasil ao colocar de um lado, representantes do mercado de Bitcoin e, de outro, Bancos tradicionais que vem encerrando conta de exchanges de criptomoedas.
O pedido foi encaminhado no dia 12 de setembro pelo Deputado Federal Aureo Riberio (SD-RJ). Entre os representantes do setor de criptomoedas e blockchain, Ribeiro convida um membro da Coinbr, Rocelo Lopes, também CEO da Stratum e amplamente conhecido no Brasil e na América Latina por seu lema "Fork the Banks" e por sua posição totalmente 'avessa' aos bancos tradicionais.
"Notícias demonstram uma verdadeira batalha entre as corretoras e os bancos, tanto públicos quanto privados. A discussão é tamanha que já tomou os tribunais, com várias ações das intermediárias contra as instituições financeiras", afirma a justificativa do requerimento do deputado.