O Banco do Brasil anunciou nesta semana, por meio da BB Seguros, que permitirá que seus clientes façam contribuições extras para seus planos de previdência privada pagando com Bitcoin e criptomoedas.

No entanto, segundo a instituição, é importante destaca que BTC e criptoativos serão usados apenas como 'formas de pagamento', ou seja, seu valor será convertido em moeda fiduciária no momento do envio e incorporado no plano de previdência, portanto, não haverá integração dos criptoativos em si nos planos.

Segundo a instituição, a alternativa está disponível através do aplicativo do Banco do Brasil com o BB Pay, plataforma do banco que integra vários meios de pagamento.

Os clientes precisam ter carteira ativa na Bitfy, startup especializada em soluções de blockchain investida do BB Ventures, o fundo de corporate venture capital (que compra participações em empresas fechadas) do conglomerado.

Os pagamentos podem ser feitos com Bitcoin, Ethereum, BNB, CELO, Solana, Polkadot, Ripple, Dash, Avalanche e Algorand. Embora a iniciativa não englobe a criação de uma previdência privada com criptomoedas, ainda assim o anúncio torna o BB Seguros, como a primeiro instituição do tipo a aceitar pagamentos com criptomoedas no Brasil.

Criptoativos

Segundo Roberta Grünthal, superintendente executiva de portfólio e tecnologia da BB Seguros, a empresa está buscando formas de inovar e melhorar a experiência dos nossos clientes, e a introdução dos criptoativos como opção de pagamento para aportes de previdência é um grande passo nessa direção

"Queremos que nossos clientes tenham a liberdade de escolher a forma mais conveniente e adequada para gerenciar seus investimentos, e a tecnologia é a chave para isso", apontou.

Maria Tereza Murta, líder de BB Pay e iniciador de pagamentos no banco, destacou que com o BB Pay, a BB Seguros pode oferecer uma diversidade de meios de pagamento para que o cliente planeje o seu futuro. "A solução leva agilidade e estabilidade ao serviço e permite futuras evoluções, como novas formas de pagar, com um baixo custo de desenvolvimento", disse.

O COO da Bitfy BWS, Guilherme Freitas, diz que com a parceria, os clientes terão acesso a finanças descentralizadas, como é conhecido o mundo das criptomoedas.

"Desenvolvemos a infraestrutura necessária para ampliar a autonomia e democratizar a utilização e acesso ao ecossistema de ativos digitais para todos", afirma ele.