O presidente do Banco de México Agustín Carstens acha que a moeda digital Bitcoin deve ser classificada como commodity e não como moeda. O presidente do banco argumentou que o Bitcoin não atende a definição existente de moeda porque não é apoiada por um governo ou banco central.

De acordo com o relatório do jornal mexicano local El Economista, Carstens argumentou ainda que, como não há nada para assegurar sua contabilidade em um sistema financeiro, a moeda virtual deve ser considerada como uma commodity.

Ele também acrescentou que a criptomoeda deve ser considerada como uma "questão da segurança cibernética" devido ao seu potencial em anonimato e uso em atividades de cibercrime.

Como uma reação aos problemas econômicos que afetam o México, bem como potenciais problemas futuros como resultado da política dos EUA, moedas alternativas como o Bitcoin ganham força.

As casas de câmbio de moeda digital no México estão properando e o comércio cada vez maior está sendo testemunhado.

Outros argumentos e desenvolvimentos sobre Bitcoin

Carstens apresentou seus comentários sobre o Bitcoin durante sua palestra na ITAM, da Universidade Técnica Mexicana.

Em sua apresentação, ele também discutiu os esforços do governo para regular as tecnologias financeiras (fintech) como as moedas digitais.

Ele argumentou que qualquer desenvolvimento tecnológico no sistema financeiro não pode ser o resultado apenas da inovação, mas deve ser implementado em conjunto com a regulamentação dos reguladores financeiros.

Posição anterior do governo mexicano sobre o Bitcoin

O governo mexicano, através do seu banco central, expressou anteriormente suas opiniões negativas sobre as moedas digitais, em particular o Bitcoin. Em 2014, o Banco de México anunciou que as moedas virtuais não eram legais no país e, portanto, eram ilegais.

O banco central também proibiu o uso de criptomoedas por instituições financeiras reguladas no país devido aos riscos inerentes associados ao seu uso. O banco também citou as advertências emitidas por vários bancos centrais em todo o mundo sobre o vínculo entre as moedas digitais e atividades ilegais como fraude e lavagem de dinheiro.