O ex-jogador da Seleção Brasileira Ronaldinho Gaúcho vive um momento complicado. Além de ter seu nome envolvido em um golpe com Bitcoin e de ter sido preso no Paraguai, ele agora foi condenado pela morte de um eletricista. A decisão judicial foi divulgada nesta semana. 

O trabalhador morto atuava em um sítio que pertencia ao jogador e seu irmão, localizado em Ponta Grossa (RS). 

Segundo a Justiça, irregularidades no sistema elétrico do local fez com que os irmãos fossem culpabilizados pelo falecimento de Clovis Juarez Klein.

A situação de Ronaldinho Gaúcho não poderia ser pior. O jogador encontra-se atualmente preso em Assunção, no Paraguai. Ele portava um passaporte falso no momento que foi detido pelas autoridades locais. 

Além do craque, seu irmão Roberto de Assis Moreira também está preso. Os dois são réus no mesmo processo sobre a morte do eletricista que trabalhava no sítio da família.

Preso em outro país e condenado a pagar uma indenização à família do trabalhador morto, os recentes escândalos sobre Ronaldinho Gaúcho ainda incluem o Bitcoin. 

O jogador teve o nome envolvido em um esquema apontado como pirâmide financeira, a 18K Ronaldinho.

Morte de eletricista em sítio do jogador

A decisão contra Ronaldinho Gaúcho publicada pela Justiça do Rio Grande do Sul envolve o óbito de uma pessoa. 

O documento mostra que o eletricista Clovis de Juarez Klein perdeu a vida enquanto trabalhava para o jogador de futebol e seu irmão, Roberto Assis. Ele foi atingido por uma descarga elétrica.

O homem morreu em 2010 enquanto instalava um telhado metálico na propriedade dos irmãos. Inicialmente a justiça entendeu que eles não eram culpados, mas os familiares do eletricista apelaram contra essa decisão.

Dez anos depois e a viúva e os dois filhos de Clovis conseguiram pela Justiça o direito de receberem pela morte do trabalhador. 

Em uma nova decisão sobre o caso, os dois foram condenados e devem pagar uma “indenização de R$ 150 mil mais pensão”, conforme revela o ConJur.

A pensão para os familiares será reajustada em 1% ao mês, sendo observada a data de início do processo, em janeiro de 2010. O valor desse benefício foi fixado em 1/3 daquilo que Clovis recebia mensalmente trabalhando como autônomo.

Essa pensão será mantida pelo jogador e pelo irmão até que os dois filhos do eletricista completem 25 anos. Na decisão sobre o caso, a magistrada apontou irregularidades encontradas por um engenheiro elétrico, como fios desencapados e recuo inadequado entre postes de energia.

Ronaldinho Gaúcho está preso

O ex-jogador do Flamengo está preso desde 7 de março. Ele foi detido com o irmão no dia 4 de março, depois que autoridades paraguaias descobriram que o famoso estava utilizando passaporte falso.

Roberto de Assis Moreira é empresário e irmão do jogador e estava com ele no hotel em San Lorenzo no dia em que foram detidos. Além do passaporte, os dois utilizavam também identidades falsificadas.

Ronaldinho Gaúcho estava com o passaporte brasileiro retido pela justiça do Rio Grande do Sul. Ele foi condenado por causar danos ambientais em uma construção irregular.

Sem pagar a multa que já ultrapassa R$ 8 milhões, Ronaldinho Gaúcho teve o passaporte apreendido. A retenção pode ter feito ele procurar um meio ilícito de viajar para o Paraguai. No entanto, portar documentos ilegais é crime e o jogador deve responder pelo delito.

Golpe com Bitcoin e R$ 300 milhões em ação judicial

Se não bastasse a prisão e uma condenação pela morte de um eletricista, Ronaldinho Gaúcho é acusado de envolvimento em um esquema com Bitcoin. O nome do ex-melhor jogador do mundo (2004-2005) era utilizado pela empresa 18K.

Faz pouco tempo, inclusive, que o negócio deixou de chamar 18K Ronaldinho. O famoso já declarou que não faz parte do esquema, mas isso não impediu que vítimas da suposta pirâmide financeira procurassem a justiça contra ele.

Somente em um dos processos envolvendo o negócio com Bitcoin e Ronaldinho Gaúcho pede R$ 300 milhões em indenização. Uma audiência estava marcada para essa última segunda-feira (9), mas o jogador ainda está preso no Paraguai e não compareceu.

Nesta terça-feira (10) o famoso teve um pedido de prisão domiciliar negado em uma nova audiência sobre o caso dos passaportes falsos. Enquanto a situação não for resolvida, Ronaldinho Gaúcho e o irmão devem continuar detidos no país vizinho ao Brasil.

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