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Lucas CaramLucas Caram

Apesar de mesmo preço em dólar, compra de Bitcoin no Brasil fica quase R$ 10.000 mais cara em três meses

A disparada do dólar tornou a compra de Bitcoin bem mais cara do que a faixa de preço do início de janeiro no Brasil, apesar da maior criptomoeda estar na mesma faixa de preço internacional.

Apesar de mesmo preço em dólar, compra de Bitcoin no Brasil fica quase R$ 10.000 mais cara em três meses
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A disparada do dólar tornou a compra de Bitcoin bem mais cara do que a faixa de preço do início de janeiro no Brasil, apesar da maior criptomoeda estar na mesma faixa de preço internacional.

Se nesta quinta-feira o Bitcoin é vendido ao redor de R$ 38.500 nas exchanges do Brasil, com o preço internacional em US$ 8.100, a maior criptomoeda era vendida a R$ 29.000 em 6 de fevereiro, quando seu valor internacional era de US$ 7.900.

A grande desvalorização da moeda brasileira foi bom negócio quem comprou Bitcoin em janeiro, com o par da moeda contra o real rendendo quase 30% no ano, mesmo com a grande queda das últimas semanas.

Porém, quem não começou o ano comprando Bitcoin hoje paga quase R$ 10.000 a mais, mesmo com o valor em dólar na mesma faixa de janeiro.

O dólar saiu de R$ 4,02 em 1 de janeiro para bater os R$ 4,75 nesta segunda-feira, novo maior valor nominal da história da moeda brasileira. 

Entre os possíveis motivos para a alta do dólar apontados por economistas estão a crise global, já comparada a 2008, o coronavírus e a falta de respostas convincentes do Ministério da Economia para aplacar a crise.

A tendência de alta não sugere que a moeda americana vá diminuir seu ritmo, apesar do Banco Central do Brasil ter atuado queimando as reservas cambiais para evitar a disparada, política que não mostrou ainda grande reação do dólar.

Como noticiou o Cointelegraph Brasil, o real é a moeda mais desvalorizada do mundo entre as principais divisas globais em 2020. Até semana passada, o real já havia perdido 15% de seu valor. Hoje, a R$ 4,68, a desvalorização chega a quase 17%.