O fechamento semanal levemente acima do suporte de US$ 30.000 no domingo não evitou que o Bitcoin (BTC) ampliasse o recorde de fechamentos semanais consecutivos negativos.

A oitava vela semanal vermelha em sequência trouxe ao mesmo tempo um alívio e um alento aos hodlers do Bitcoin, afirma Diego Consimo, fundador da Crypto Investidor, em uma análise exclusiva para o Cointelegraph Brasil.

A desvalorização semanal do BTC foi mais suave neste domingo do que havia sido nas duas semanas anteriores. Apenas 3,3%, contra 7,9% em 9 de maio, e 11,5% em 2 de maio.
Agora, a semana que se inicia pode testemunhar um "rali de alívio" para a maior criptomoeda do mercado, diz Consimo:

"Após o Bitcoin registrar um novo recorde de 8 semanas consecutivas de queda, tudo indica que teremos um candle semanal positivo, mas para isso se concretizar de fato o BTC precisa romper a resistência dos U$31.400, com alvos entre U$33.000 a U$36.000."

Gráfico de 4 horas BTC/USD com alvos de curto prazo. Fonte: Crypto Investidor (Trading View)

No entanto, no curto prazo a tendência segue inalterada. Um eventual rali de alívio não parece ter força para romper a faixa de US$ 36.000, afirma Consimo:

"Essa região dos U$36.000 terá forte resistência, pois testará a Linha de Tendência de Baixa (LTB) antiga do BTC, que vem do topo de US$ 64.500. Além disso, a região dos U$36.000 coincide com a zona de 0.382 a 0.5 da retração de Fibonacci."

A resistência nessa região indica a continuidade do movimento de baixa, conforme projeta Consimo de acordo com o gráfico abaixo.

Gráfico de 4 horas BTC/USD com LTB em vermelho. Fonte: Crypto Investidor (Trading View)

Consimo mantém a projeção de fundo para o Bitcoin entre US$ 22.800 e US$ 24.300, e acredita que uma queda mais forte é bastante provável antes de testemunharmos uma recuperação efetiva do preço do BTC. 

Dominância do Bitcoin

O último ciclo de baixa do mercado, inaugurado em 2018, coincidiu com um aumento da dominância do Bitcoin, que chegou a ultrapassar os 70%. 

Em períodos de incerteza e medo no mercado de criptomoedas, os investidores recorrem ao Bitcoin como porto seguro e fogem das altcoins, aumentando a participação do BTC sobre a capitalização total do mercado.

Pode ser que este movimento tenha se iniciado, pois a dominância do Bitcoin tem oscilado entre 40% e 48% desde o começo de 2022. Um rompimento decisivo acima desta faixa pode ser um indicativo de que a fase de perdas chegou ao fim.

Dominância do Bitcoin. Fonte: Crypto Investidor (Trading View)

Após manter-se estável durante a manhã, na tarde desta segunda-feira, o Bitcoin perdeu novamente o suporte de US$ 30.000 e está sendo negociado a US$ 29.676, registrando uma baixa intradiária de 1,8%, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, a rede do Bitcoin registrará nesta semana a maior redução na dificuldade de mineração de novas moedas desde julho do ano passado, um indicativo de que a lucratividade dos mineradores está em queda. Segundo a ferramenta de monitoramento MacroMicro, em 21 de maio, o custo médio para mineração de 1 BTC era  de US$ 26.250.

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