Nos últimos dias, foi possível perceber uma correlação positiva entre Wall Street e o Bitcoin. Apenas algumas horas depois que o principal centro financeiro dos EUA encerrou seu dia de negociação, com ganhos decentes de 3 a 4% em todos os principais índices, o Bitcoin retomou seu caminho de alta.
Pela terceira semana consecutiva, o Bitcoin sofreu uma queda de preço - no entanto, está mostrando sinais de recuperação nos últimos dias. Atualmente, é negociado - no instante da publicação deste texto - pouco acima dos US$ 9.100.
No Brasil, onde o dólar se encontra muito apreciado, o Bitcoin está surfando uma onda de valorização de 7,03%, contra 4,60% em relação às bolsas mundiais.
Essa disparidade entre cotações dentro e fora poderiam ser uma oportunidade de arbitragem, mas como o real está entre as moedas mais desvalorizadas atualmente, como uma depreciação de 11% em relação a outras divisas, operar alavancado em Bitcoin/USD, torna-se uma atividade temerária.
Isto se dá ao levar em consideração, principalmente, que o dólar está em média 9% mais valorizado frente ao real. Portanto, é possível dizer que está muito caro comprar Bitcoin, sendo este um ativo dolarizado.
Este evento pode criar um cenário excludente para novos entrantes e pequenos investidores: Com dólar e Bitcoin sobrevalorizados, torna-se cada vez mais caro entrar nestes mercados, mesmo com a expectativa de alta causada, principalmente, por conta do halving do Bitcoin, marcado para maio
Embora os temores do coronavírus ameaçem empurrar os preços abaixo do nível de suporte (que estão atualmente entre US$ 8.400 a 8.700), segundo Tasso Lago, da Financial Move, essa ameaça parece ter passado, enquanto os mercados se recuperam, tanto no mercado financeiro tradicional, quanto no mercado de criptoativos.