Correlacionado aos últimos movimentos de alguns dos principais índices acionários, o mercado de criptomoedas movimentava US$ 1,68 trilhão (-0,2%) na manhã desta quarta-feira (17), quando o Bitcoin (BTC) se transferia por volta de US$ 42,7 mil (-0,3%) com índice ganância a 63% e dominância de mercado a 49,7%. O movimento se reproduzia pela maior parte das principais altcoins de mercado apesar de algumas altas de dois dígitos percentuais e novas listagens. 

O recuo de preços coincidia, por exemplo, com a retração do S&P 500, encerrado 4.765,98 pontos (-0,37%), e do Nasdaq, estabelecido em 14.944,35 pontos (-0,19%). O que parecia ser uma resposta às principais narrativas do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). Entre elas, a do professor da Universidade de Harvard Kenneth Rogoff.

Na avaliação do ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), a menos que haja uma recessão profunda, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, não deve realizar seis cortes em sua taxa de juros básica, esperada para este ano pelos investidores.

“Isso é um sonho impossível. Se tivermos um pouso suave, isso não vai acontecer. Teremos dois ou três [cortes]”, disse Rogoff em entrevista à Bloomberg TV.

Pelo lado positivo, em um cenário que pode favorecer as criptomoedas pelo aquecimento do capital de risco, analistas do Bank of América (BofA) avaliaram em nota esta semana que o S&P 500 está prestes a iniciar uma corrida dos touros (bull market). Segundo eles, os padrões gráficos apontam que o índice pode superar os 5.000 pontos em 2024.

No campo positivo das principais altcoins em capitalização de mercado, o BEAM era transferido por US$ 0,022 (+7,8%), o WOO estava precificado em US$ 0,45 (+5,8%), o ASTR valia US$ 0,16 (+5,2%), o LINK era comprado por US$ 15,95 (+5,5%), o CFX se convertia em US$ 0,20 (+5,5%) e o SOL representava US$ 101,71 (+5%). 

No terreno negativo, o TIA era trocado por US$ 18,34 (-5,4%), o SUI se traduzia em US$ 1,24 (-5,4%), o BLUR estava precificado em US$ 0,67 (-4,7%) e o AAVE valia US$ 102,15 (-3,8%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, em menor quantidade, o RNDR se traduzia em US$ 4,26 (+11,8%), o TRB era liquidado por US$ 146,65 (+20,1%), o PENDLE estava quantificado em US$ 2,02 (+17,1%), o JTO era transacionado por US$ 2,67 (+12,3%), o APE estava avaliado em US$ 1,62 (+12%), o HONEY pareava US$ 0,29 (+25,2%), o VANRY estava nivelado por US$ 0,074 (+28,7%) e o ZTX se comparava a US$ 0,027 (+25,7%).

Entre as novas listagem estavam o ONDO, token da plataforma de ativos do mundo real (RWA, na sigla em inglês) Ondo Finance, pela exchange de criptomoedas Coinbase, e a adição de contrato perpétuo na memecoin Dogecoin (DOGE) com margem na stablecoin lastreada ao dólar americano USD Coin (USDC) e alavancagem de até 75 vezes, pela exchange de criptomoedas Binance.

Outra listagem foi a do UPC, token do sistema de pagamentos de código aberto baseado em blockchain UPCX, pela Bitget, lançado com um preço inicial de US$ 1 e com um pico de preço de pouco mais de US$ 3 (+200%).

Gráfico de quatro horas do par UPC/USDT. Fonte: TradingView/Bitget

No dia anterior, a Binance anunciou a listagem de uma nova criptomoeda em meio à lateralização do Bitcoin e desconfiança em Davos, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.