Uma pesquisa divulgada nesta terça,10, pela Consensys revelou que 96% dos brasileiros já ouviram falar ou conhecem Bitcoin e criptomoedas. O estudo foi realizado online pelo grupo internacional de tecnologia de pesquisa e análise de dados YouGov.

"O papel crítico do blockchain e da descentralização no aumento da confiança e transparência no gerenciamento de dados não pode ser subestimado. Nossa pesquisa destaca a crescente importância da privacidade de dados, com 83% dos entrevistados globalmente enfatizando sua relevância, além de lançar luz sobre a preocupação com desinformação, especialmente em um momento de eleições globais e adoção acelerada da IA", destacou Neal Gorevic, Diretor de Marketing da Consensys.

Segundo a pesquisa, destes 96%, 56% sabe o que são criptoativos e 40% estão cientes, mas não têm certeza de que entendem o que são criptomoedas.

O estudo também aponta que os custos continuam sendo o principal impedimento à entrada no mercado de criptomoedas, com 47% dos entrevistados afirmando que "é muito caro", um aumento expressivo em relação a pesquisas anteriores.

A pesquisa também revelou que 43% dos brasileiros afirmaram já ter investido ou possuir criptomoedas, superando a média mundial de 42%. O Nordeste é líder nacional, com 45,3% de investidores, seguido pelo Sul (43,4%), Sudeste (40,7%), Norte (40,2%) e Centro-Oeste (38%). Além disso, 16% dos brasileiros atualmente possuem criptomoedas, com destaque para o Nordeste (17,3%).

O relatório da Consensys também aponta que 42% acreditam que "essa tecnologia não é inovadora ou diferente do que já existe atualmente", representando outro crescimento significativo nesse tipo de percepção.

Embora as preocupações com golpes e riscos permaneçam relevantes, houve uma diminuição na menção desses fatores como barreiras principais. O percentual de entrevistados que consideram que "há golpes demais" caiu para 41%, enquanto aqueles que apontam que "o mercado é muito volátil" diminuiu para 36%. Isso pode indicar uma evolução na compreensão do mercado e uma redução de temores associados a esses aspectos específicos.

Outra dado revelo pelo estudo é que embora cerca de metade tenha ouvido falar dos ETF Bitcoin (50%) e dos ETF Ethereum (49%), menos de 1 em cada 5 sabe entende o que são.

Mercado de criptomoedas no Brasil

As criptomoedas mostram-se mais populares em regiões economicamente desfavorecidas no Brasil e no mundo, destacando seu potencial inclusivo. Entre os brasileiros que já investiram, 28% apontam a exclusão do sistema financeiro tradicional como motivador principal, um aumento de 26 pontos percentuais em relação ao ano passado.

Outro dado apontado pelo estudo é que 35% dos brasileiros acreditam que criptomoedas promovem uma internet mais centrada na privacidade, mais que o dobro da média global (16%). 56% dos brasileiros acreditam que as criptomoedas são ecologicamente corretas e o Bitcoin é visto como o mais sustentável por 64%.

Com relação aos investimentos, 47% dos brasileiros consideram investir em criptomoedas nos próximos 12 meses e, entre os que já investiram, 70% têm planos de reinvestir. No entanto, apenas 16% dos brasileiros estão familiarizados com o conceito de web3.

Entre os que conhecem as criptomoedas, mais de 1 em cada 3 (37%) possui uma carteira, a maioria dos quais (21%) tem uma carteira. Quase 3 em cada 4 (71%) não estão familiarizados com a diferença entre uma carteira cripto de custódia e uma de auto-custódia.

A proporção de pessoas que dizem não estar de todo familiarizadas com as diferenças está aumentando significativamente. No entanto, uma clara maioria (61%) está interessada em aprender mais sobre elas.

Mais de 1 em cada 4 (26%) brasileiros conhece NFTs. Entre os que conhecem, quase metade (45%) possui NFTs atualmente. 2 em cada 3 (63%) planejam comprar/colecionar NFTs nos próximos 12 meses. Além disso, quase 1 em cada 3 conhecedores da Web3 enviou/recebeu transações (30%), enquanto mais de 1 em cada 4 utilizou uma carteira Web3 (27%) no último ano.

O estudo também destaca que apenas 20% dos brasileiros acreditam que o sistema financeiro e bancário funciona bem e quase metade (48%) afirma que ele pode ser melhorado, enquanto 20% acreditam que deveria ser reconstruído do zero.