O Plexos Institute , a plataforma EDinheiro e a Chainlink anunciaram nesta terça, 29, uma nova parceria para democratizar o acesso financeiro a comunidades carentes, impulsionando as moedas sociais baseadas em blockchain do Brasil.

Emitidas localmente por Bancos Municipais ou Comunitários brasileiros, as moedas sociais são uma iniciativa social projetada para impulsionar o crescimento econômico e expandir a inclusão financeira, cujos benefícios incluem o desembolso de auxílio municipal a populações vulneráveis.

"Ao integrar o padrão Chainlink ao sistema já comprovado do EDinheiro, mostramos que a tecnologia de ponta pode fortalecer o que mais importa: as pessoas e a economia solidária.", apontou João Joaquim , Coordenador do Instituto EDinheiro Brasil

De acordo com o comunicado, o projeto será lançado na cidade de Indiaroba, Sergipe, com a moeda social Aratu, marcando um marco na chegada das moedas sociais a regiões carentes.

A comunidade local, de aproximadamente 18.000 habitantes, é composta principalmente por marisqueiras — mulheres cuja coleta sustentável e de baixo impacto de mariscos é um pilar vital da economia local.

Adotar o padrão Chainlink e, ao mesmo tempo, evoluir a plataforma do EDinheiro para blockchain é um passo decisivo para ampliar a transparência e garantir o impacto social das moedas solidárias, garantindo a autonomia das comunidades locais. Aratu é um símbolo de inovação social enraizada nas realidades locais, entrando agora em uma nova era de modernização tecnológica”, disse Camila Rioja , Presidente do Instituto Plexos

Esses recursos são alimentados pelo Chainlink Runtime Environment (CRE), uma plataforma segura que conecta e orquestra atividades em blockchains públicos, livros-razão privados e sistemas financeiros existentes.

Primeira moeda social do Brasil emitida em blockchain

Deste modo, com a emissão da Aratu em blockchain por meio da parceria, esta será a primeira moeda social emitida no Brasil com a tecnologia. Desde 2002 as moedas sociais são emitidas no Brasil, sendo a Palmas, criaada pelo Banco Palmas, um banco comunitário do Conjunto Palmeiras, em Fortaleza (CE), a mais antiga e famosa.

Em 2025, o Brasil registrou 182 moedas sociais ativas, espalhadas por diversas comunidades pelo país. Essas moedas impactam cerca de 250 mil pessoas e movimentaram mais de R$ 1 bilhão em transações nos últimos anos. Em 2024, foram realizadas mais de 12 milhões de transações entre usuários dessas moedas sociais

Além disso, dessas 182 moedas, 178 circulam de forma autônoma, operadas por comunidades específicas, e 11 são iniciativas municipais, instituídas por prefeituras com aplicação local.

No caso da Aratu, a iniciativa utilizará a Chainlink e a tecnologia blockchain para aprimorar a transparência, aumentar a inclusão financeira e apoiar a governança comunitária democrática para populações carentes.

A Chainlink está sendo integrada para fornecer conectividade altamente segura e confiável entre dados e sistemas off-chain e operações on-chain, permitindo processos automatizados e verificáveis para relatórios da comunidade, auditorias de uso e conformidade com a Lei de Proteção de Dados (LGPD) do governo brasileiro.

Esses recursos são impulsionados pelo Chainlink Runtime Environment (CRE), uma plataforma segura que conecta e orquestra atividades em blockchains públicas, registros privados e sistemas financeiros existentes.

"Fornecendo infraestrutura crítica para dinheiro digital, a Chainlink, em parceria com o Instituto Plexos e o EDinheiro, está trazendo transparência, acessibilidade e conectividade às moedas sociais do Brasil . Como padrão global, a Chainlink está comprometida em criar um sistema financeiro mais inclusivo para todos, desde as maiores instituições financeiras do mundo até as vibrantes comunidades locais que são o coração do Brasil .”, disse Thomas Trepanier , Chefe de Desenvolvimento de Negócios para a América Latina e Canadá , Chainlink Labs.

O projeto será o primeiro caso real da Rede Blockchain Brasil (RBB) — uma infraestrutura digital pública desenvolvida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Como um caso de uso oficial do RBB, a iniciativa mostra o potencial da rede para impulsionar o desenvolvimento econômico inclusivo e descentralizado , destacando como a tecnologia blockchain pode fortalecer a resiliência local e promover a inovação na infraestrutura pública digital descentralizada”, finalizou o comunicado