Uma pesquisa conduzida pelo banco de investimentos Goldman Sachs descobriu que quase metade de seus clientes de escritórios familiares deseja adicionar criptomoedas a seus portfólios, sinalizando que os ultra-ricos estão se tornando cada vez mais otimistas em relação aos ativos digitais.

Relatada pela Bloomberg, a pesquisa consultou mais de 150 escritórios familiares em todo o mundo e descobriu que 15% já estão expostos a criptoativos.

Outros 45% dos escritórios expressaram interesse em investir nesta classe de ativos como uma proteção contra "inflação mais alta, taxas de juros baixas prolongadas e outros fatores macroeconômicos, após um ano de estímulo fiscal e monetário global sem precedentes".

No entanto, outros entrevistados citaram preocupações com relação à volatilidade e à incerteza quanto ao preço das criptomoedas no longo prazo para justificarem sua aversão a esta classe de ativos.

A Bloomberg descreve os escritórios familiares como um serviço de administração “da riqueza e dos interesses pessoais de pessoas ricas”, incluindo gente como o cofundador da Microsoft Bill Gates, o ex-CEO do Google Eric Schmidt e os proprietários da Chanel, Alain e Gérard Wertheimer.

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A empresa de consultoria Ernst & Young estima que existam mais de 10.000 escritório familiares em todo o mundo, cada um gerenciando os assuntos financeiros de apenas uma única família, metade dos quais foram inaugurados durante o século XXI. Estima-se que o setor de escritórios familiares administre mais de US$ 6 trilhões em todo o mundo, ofuscando a indústria de fundos de hedge.

Meena Lakdawala-Flynn, da Goldman Sachs, afirma que a maioria dos clientes dos escritórios familiares da empresa expressou interesse no "ecossistema de ativos digitais", acrescentando que muitos acreditam que, no futuro, a tecnologia blockchain "terá tanto impacto quanto a Internet em termos de eficiência e perspectiva de produtividade."

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