A criação de um mundo virtual, descentralizado e com a possibilidade de construção de obras e patrimônios, entre outras possibilidades, tornaram o metaverso uma espécie de El Dorado para investidores e empresas, além de pessoas comuns que procuram algo que talvez não encontraram no mundo físico. É neste ambiente que algumas plataformas de jogos se destacam, embora a multiplicidade de alternativas possa dar margem de questionamentos sobre o termo “jogo”. 

A compra e venda de tokens não fungíveis (NFTs), por exemplo, abre possibilidades e uma nova dinâmica aos jogadores, com o empoderamento criado pela tecnologia blockchain de não representarem meros jogadores e sim detentores de patrimônio. Por outro lado, os projetos são muitos e conhecer o metaverso onde pisa, pode ser o divisor de águas para que a diversão, ou investimento, não se transforme em prejuízo, afinal os golpes e projetos suspeitos também estão aí. Além deles, algumas plataformas, por razões diversas, não apresentam consistência e caminham para um final previsível e melancólico, que pode arrastar usuários desavisados. Em 2022, algumas plataformas se destacam e aparentemente demonstram que podem se caminhar para o futuro, de mãos dadas com o crescimento do mercado. 

Decentraland (MANA)

O Decentraland, cujo token nativo da plataforma é o MANA, transformou-se em uma espécie de catalisador da revolução do metaverso, tanto que a plataforma se consolidou como um mercado imobiliário aquecido para onde já migraram diversas celebridades e marcas globais. Um local em que a blockchain tenta imitar as economias do mundo real e suas atividades comerciais, o que justifica a valorização dos terrenos tokenizados no Descentraland, que significa “terra descentralizada”.

Possuir um terreno no Descentraland abre um rol de possibilidades de monetização, além da criação de jogos, como a promoção de eventos como shows, desfile de moda e, inclusive, a locação do próprio terreno. O projeto ocupa a 36ª posição no ranking com quase US$ 1,9 bilhão e o MANA era trocado de mãos por US$ 1,02 com alta de 3,69% na tarde desta sexta-feira (5).

The Sandbox (SAND) 

The Sandbox nasceu em 2021 baseado em um modelo tradicional e começou a operar em um aplicativo com 40 milhões de usuários, que acabaram criando inicialmente 70 milhões de ativos dentro do próprio jogo, o que reforça a descentralização deste metaverso, que transformou os jogadores em criadores a fim de permitir a monetização dos ativos. O SAND, token nativo da plataforma, era cotado a US$ 1,31 com alta de 1,70% enquanto o projeto ocupava a 37ª posição no ranking com quase US$ 1,7 bilhão em capitalização de mercado. 

Illuvium (ILV)

Habitado por criaturas conhecidas como Illuvials, que podem ser capturadas por jogadores que os superam em batalha PVP e os cuidam de volta à saúde, o  mundo Illuvium é um metaverso que se apresenta como um mundo aberto com uma ampla gama de criaturas em NFT utilizados em um jogo de batalha, uma missão de conquista ao deserto que prevê grandes recompensas. Ao todo são sete paisagens alienígenas com eventos cataclísmicos que destruíram o Illuvium, portanto um ecossistema de ficção científica. Iniciado em 2020, o projeto ocupa a 316ª posição no ranking com uma capitalização de mercado de US$ 73,9 milhões com alta de 2,77. Já o ILV, token nativo do metaverso, era precificado em US$ 113,57 com alta diária de 2,77%.

O metaverso também já começa a abrir oportunidades no mundo físico, tanto que a Meta e a Amazon anunciaram a capacitação de graça de 50 mil brasileiros para o metaverso, conforme noticiou o Cointrelegraph Brasil.

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