A vaquejada nordestina mudou. Agora, além de esporte e tradição, virou vitrine para casas de apostas.
Vaqueiros conhecidos, como Nathan Queiroz (o Capa Loka) e Raimundo Edvando (o Peixe da Lama), passaram a ser também influenciadores de jogos de azar.
Eles aparecem nos stories vestindo camisas e bonés de bets como Betesporte e Betvip. Se o seguidor aposta, a empresa sabe quem influenciou.
É assim que os vaqueiros ganham dinheiro fora das pistas.
O fenômeno é tão grande que criou um novo formato de disputa: o X1 Vaquejada.
Dois vaqueiros se enfrentam diretamente. Vence quem derrubar mais bois. O duelo atrai mais apostas e termina mais rápido que a vaquejada tradicional.
Vaquejada atrai apostas e plataformas bets
Um dos X1 mais famosos aconteceu em junho de 2025, em Campina Grande (PB), entre Capa Loka e Peixe da Lama. Mais de 300 mil pessoas assistiram à transmissão ao vivo no YouTube.
O embate foi também entre marcas: Betesporte x Betvip. Com 2,1 milhões de seguidores, Capa Loka é o mais popular. Peixão tem meio milhão.
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Gera Guerra, outro influenciador, soma 300 mil seguidores. Todos divulgam bets e também a plataforma Pix do Milhão.
Cinco casas de apostas atuam hoje com foco na vaquejada: Pixbet, Flabet, Betvip, Betesporte e Lance de Sorte. Todas têm CNPJs registrados no Nordeste.
‘As bets que promovem apostas em vaquejadas fazem isso porque são do Nordeste e têm relação com o esporte’, afirma Fábio Leal, diretor do Portal Vaquejada.
Para Leonardo Dias, da Associação Brasileira de Vaquejada (Abvaq), o dinheiro das apostas ajuda. Mas ele vê risco. ‘A gente se preocupa com a manipulação dos resultados, mas não temos controle sobre isso’.
A vaquejada é reconhecida como esporte desde 2025. Isso permite apostas legais. Para o governo, esse reconhecimento ajuda a combater sites ilegais.
Assim, a tradição virou palco de apostas, influenciadores e milhões de visualizações. Mas também pede atenção, onde mais visibilidade significa mais responsabilidade.
Fonte: G1
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