A relação entre apostas esportivas, manipulação e integridade em jogos de futebol voltou ao debate no Brasil.
No dia 12 de agosto, a Sportradar e a Stake Brasil se uniram ao Juventude, clube do Rio Grande do Sul.
A ação foi para realizar um workshop voltado à prevenção de manipulação de resultados e ao fortalecimento de boas práticas no esporte.
O evento reuniu atletas dos elencos masculino e feminino, jogadores da base, além de dirigentes e funcionários do clube.
Integridade em pauta: especialistas conduzem capacitação
Em suma, a iniciativa faz parte de um esforço conjunto entre empresas e clubes brasileiros.
A ideia é garantir que a ascensão dos sites de apostas no país caminhe lado a lado com a ética esportiva.
Confira uma análise completa da plataforma Stake.
O workshop foi conduzido por dois nomes reconhecidos no setor: Felippe Marchetti e Fred Justo.
Felippe Marchetti, diretor de Integridade da Sportradar, destacou que os métodos de fraude estão cada vez mais sofisticados e que todos os envolvidos no futebol precisam estar preparados.
Investir em educação é criar uma cultura de integridade. Hoje, a manipulação de resultados não é mais algo amador; ela pode envolver esquemas internacionais complexos. Por isso, atletas, dirigentes e torcedores precisam ser parte da solução, disse Marchetti.
Já Fred Justo, especialista em compliance e membro do Comitê Jogo Limpo do COB, apresentou práticas de prevenção e ressaltou a importância da denúncia.
Ele lembrou sua experiência no Ministério da Fazenda, onde atuou no combate à lavagem de dinheiro.
Reforçou ainda que a integridade esportiva também passa pela área financeira.
Juventude cria estrutura permanente contra manipulação
O Juventude já vinha dando sinais de preocupação com o tema.
No início da temporada, o clube criou uma Unidade de Integridade, departamento estratégico voltado à orientação de atletas e funcionários.
Segundo o presidente do clube, Fábio Pizzamiglio, a ação em parceria com a Stake e a Sportradar é fundamental para acompanhar as mudanças que o esporte vive:
O futebol mudou muito nos últimos anos. A tecnologia trouxe novas possibilidades, mas também novos riscos. Estar ao lado de parceiros como a Stake, que têm compromisso com a integridade, reforça nossa missão de crescer de forma justa e responsável.
Stake Brasil amplia atuação para além dos patrocínios
A Stake Brasil já tem reconhecimento por seus investimentos em patrocínios esportivos. No entanto, a empresa vem ampliando sua atuação para fortalecer o ecossistema esportivo brasileiro.
Segundo comunicado, a ideia é que o apoio vá além da exposição da marca, contribuindo para um ambiente ético e seguro no futebol.
A realização do workshop integra esse pacote de medidas estratégicas.
A Stake reforça que a integridade esportiva é um pilar essencial para que o mercado de apostas legais no Brasil seja sustentável a longo prazo.
O desafio da manipulação de resultados no Brasil
Com a regulamentação das apostas em 2023, o país deu um passo importante para controlar e tributar o setor. Mas o risco de manipulação de resultados continua sendo um dos principais desafios.
Segundo especialistas, o mercado clandestino ainda movimenta bilhões e não adota mecanismos de controle.
Nesse cenário, iniciativas como a do Juventude, da Sportradar e da Stake Brasil são vistas como exemplos de boas práticas que devem ser replicadas em outros clubes.
O fortalecimento de uma cultura de integridade se mostra vital para que atletas resistam a possíveis aliciamentos.
Além disso, auxilia para que dirigentes estejam preparados para identificar riscos e torcedores mantenham a confiança na credibilidade das competições.
Educação como caminho
Ao final do workshop, ficou claro que a integridade não é apenas responsabilidade das autoridades ou das casas de apostas.
Trata-se, na verdade, de uma construção coletiva, onde clubes, atletas, patrocinadores e torcedores têm papéis complementares.
A aposta da Stake Brasil e da Sportradar é simples, baseando-se no princípio de que educação e prevenção como ferramentas para blindar o esporte contra fraudes.
Com mais clubes criando unidades de integridade e empresas reguladas do setor apoiando iniciativas educativas, o futebol brasileiro pode se tornar referência.
O país deve ganhar respeito não apenas por talentos dentro de campo, mas também em ética e responsabilidade fora dele.
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