O senador Izalci Lucas (PL-DF) criticou o desfecho do relatório final da CPI das Bets.
Ele afirmou que é a primeira vez nos últimos dez anos que o documento é rejeitado pela comissão.
Além disso, Izalci explicou que seu voto não serviu no final, já que ele era suplente na investigação.
Por 4 votos a 3, o relatório foi rejeitado pelos senadores da CPI das Bets.
No total, o documento possui mais de 3 mil páginas, lembrou o parlamentar em trecho divulgado pela Agência Senado.
Para Izalci, alguns senadores participaram apenas da votação final, sem contribuir para a discussão sobre o caso, que teve 17 pessoas indiciadas no relatório final.
Para não acontecer o que aconteceu agora na CPI das Bets, eu que não faltei nenhum dia, fiz um relatório de mais de 3 mil páginas, sequer meu voto foi considerado porque era suplente, aí vem o titular que nunca participou de nenhuma reunião e vota contrário ao texto da CPI. Então, perderam de 4 a 3, primeira vez em 10 anos, que um relatório da CPI é rejeitado.
Senador propôs relatório para CPI das Bets
Além do documento apresentado por Soraya Thronicke (Podemos-MS), Izalci também criou seu próprio relatório.
A proposta dele incluía mudanças na concessão de licenças para bets atuarem no Brasil.
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Assim, o senador propôs criar licitações para as casas de apostas.
Ele também pretendia restringir o horário de propaganda para o setor, além de outras medidas, que foram rejeitadas pela maioria dos parlamentares na comissão.
No final, a proposta de Izalci foi incorporada ao relatório final. Contudo, a proposta não resultará no aprofundamento das investigações.
Segundo Eduardo Girão (Novo-CE), ele apresentou requerimentos que sequer foram discutidos.
O senador disse ainda que denúncias sobre o mercado precisam ser analistas, citando lobistas e crimes como extorsão.
Nenhum dos meus oito requerimentos foi analisado. Em dezembro de 2024, a revista Veja trouxe à tona graves denúncias. Um conhecido lobista de Brasília estaria extorquindo empresários do setor de apostas utilizando a CPI como ferramenta de pressão.
Comissão não terminará em pizza
Embora o relatório final tenha sido rejeitado, a senadora Soraya afirma que a investigação não será inconclusiva.
Ou seja, ela acredita que o processo continuará com a entrega das informações para as autoridades.
Dessa forma, ela falou para a Agência Senado que a comissão não acabará em pizza, termo comum usado em CPIs que terminam sem investigação.
Por outro lado, a relatora da comissão disse que cumpriu sua missão.
Nós temos muito a ajudar. Saio feliz, com [sentimento de] missão cumprida. Não terminará em pizza, eu não sou pizzaiola. Eu vou marcar já na semana que vem ou, se eu conseguir, entregar hoje para alguns deles.
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