O concurso público para a concessão dos casinos físicos do Algarve, Espinho e Póvoa de Varzim está mergulhado em mistério.
Até agora, as informações sobre os candidatos são escassos, mas sabe-se que foram registadas oito candidaturas até ao prazo limite de 5 de setembro.
Informações não oficiais indicam que entre os interessados, encontram-se empresas de Espanha e França.
Na soma de todas as concessões, esta operação pode render ao Estado português cerca de 1,5 mil milhões de euros ao longo dos próximos 15 anos.
Secretismo e lançamento em momento polémico
Apesar das questões apresentadas pela imprensa, o Ministério da Economia continua sem relevar quem são os candidatos.
O governo limita-se a responder que nesta fase apenas está a realizar a análise e qualificação dos candidatos.
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Apenas depois desta etapa é que os interessados poderão apresentar propostas formais para as zonas de jogo nas quais estão interessados.
Recorde-se que o concurso foi lançado de forma oficial no dia 24 de julho, com um prazo de apenas seis semanas para a submissão das candidaturas.
Esta data motivou críticas por parte de várias entidades. Além de se tratar de um prazo muito curto, também acabou por incluir o mês de agosto todo.
Em Portugal, bem como em grande parte da Europa, este é um mês tradicionalmente dedicado a férias.
Assim, a maioria das empresas não se encontra em plena capacidade operacional.
Fontes ligadas ao processo referem que algumas das entidades concorrentes focaram que esta questão as impediu de apresentarem propostas mais competitivas.
O que se sabe até agora sobre as propostas apresentadas
De acordo com fontes citadas pelo Correio da Manhã, existem quatro candidaturas para os casinos do Algarve, duas para Espinho e duas para a Póvoa de Varzim.
Sobre a identidade os candidatos, a única certeza é que os atuais concessionários apresentaram candidaturas.
Assim, sabe-se que a Solverde avançou com novas candidaturas relativamente aos casinos que já explora: os do Algarve e o de Espinho.
Já, a Estoril Sol, através da sua sub-entidade Varzim Sol, avançou com proposta para manter o Casino da Póvoa de Varzim.
Diferenças para concursos anteriores de concessão dos casinos físicos
Neste momento já decorreram mais de duas semanas desde o final do prazo estipulado pelo governo. Contudo, ainda não existem informações oficiais por parte da entidade reguladora.
Recorde-se que em 2022, ano em que estiveram a concurso as concessões de jogo do Estoril e da Figueira da Foz, as informações sobre os candidatos surgiram rapidamente.
Então, o concurso terminou numa sexta-feira e logo na segunda-feira seguinte surgiu um comunicado por parte do governo.
No documento, o governo partilhou desde logo algumas informações sobre todo o processo.
Em 2025, e apesar da insistência de diversos órgãos de comunicação social, nem o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, nem o Turismo de Portugal, ou o próprio Ministério da Economia, divulgaram qualquer informação.
O Ministério da Economia continua a defender-se afirmando ‘nesta primeira fase apenas se realiza a qualificação dos candidatos. Sendo que só os que se qualificarem poderão depois apresentar propostas’.
A mesma afirmou ao Jornal Público, ‘a tramitação deste procedimento segue as regras de Conduta dos Contratos Públicos. Por isso, a divulgação da lista de candidatos será feita obrigatoriamente na plataforma de contratação pública.’
Este elevado grau de cautela poderá estar relacionado com a polémica relacionada com a candidatura da Bidluck SA à concessão dos Casinos de Lisboa e Estoril, em 2022.
Na altura, a Bidluck terá feito uma proposta superior em 300 milhões, contudo acabou por ser a Estoril Sol a ficar com as concessões que já possuía.
Todo o processo foi bastante polémico devido à dificuldade em se apurar dados relativamente à estrutura organizacional da Bidluck, assim como relativamente à proveniência dos seus fundos.
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