Apostadores considerados compulsivos perdem o controle no valor gasto em Bets, gerando problemas financeiros.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, mais de 190 mil usuários de plataformas de jogos online são considerados viciados.
Esses jogadores perderam grandes quantias em Bets. Além disso, a ludopatia, doença provocada por vício em jogos, traz outros problemas sociais e pode ter relação com outras dependências, como drogas e bebidas.
Entre a população de baixa renda, os apostadores com ludopatia tendem a apresentar desde problemas de convívio a crises financeiras.
Assim, para impedir a disseminação de apostas online entre beneficiários de programas sociais, como o Bolsa-Família, o governo federal adotou medidas para coibir apostas entre essa parcela da população.
Apostadores com problemas financeiros
O ministro Wellington Dias explicou que beneficiários do Bolsa-Família recebem repasses do governo para tratar de problemas sérios como a insegurança alimentar.
- Você também pode gostar de ler: Autoexclusão: Guia Completo Para Hábitos Saudáveis de Jogo
Sendo assim, para impedir o uso do dinheiro de pessoas de baixa renda em apostas, o governo proibiu o uso de cartão de crédito em Bets.
‘O dinheiro, todo mundo sabe, é para a insegurança alimentar, para as necessidades da família. E o que fizemos? Adotamos medidas que valeram para todos os cartões de crédito, para não se ter mais o uso.’
Além disso, beneficiários do Bolsa-Família não podem destinar o benefício para apostas.
Bancos como o Nubank adotaram também medidas para promover o jogo consciente, alertando os apostadores sobre investir o dinheiro ao invés de apostá-lo.
190 mil apostadores viciados
O número de apostadores viciados em bets no Brasil é preocupante. Segundo Wellington Dias, esse número ultrapassou 190 mil pessoas em todo o país.
Agora, os apostadores com ludopatia recebem tratamento diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
A intenção do governo federal é criar um programa de acompanhamento para usuários compulsivos de plataformas de apostas online.
Dessa forma, o ministro disse que quem sofre de ludopatia deve receber a mesma atenção do sistema público de saúde.
Ele acrescentou que viciados em jogos são aqueles que apostam frequentemente, e já perderam o controle sobre suas finanças.
‘Passamos também a atuar com o Ministério da Saúde e estamos atendendo aproximadamente 190 mil pessoas que a gente chama de dependentes de jogos. São aquelas pessoas que jogam quase todo dia. É um vício, vamos chamar assim. Então a gente cuida de dependentes químicos, dependentes de drogas, por exemplo, a dependência de jogos, a gente cuida.’
Tratamento para ludopatia é complexo
Embora 190 mil pessoas sofram com ludopatia, o tratamento ainda não é regulamentado no Brasil.
Ou seja, iniciativas do SUS oferecem cuidados para apostadores que ainda não possuem uma diretriz.
Conforme disse Wellington Dias em trecho divulgado pela Agência Gov, o tratamento para ludopatia é complexo.
Dessa forma, o cuidado pode envolver desde o uso de medicamentos à terapias com psicólogos e psiquiatras.
‘E o Ministério da Saúde tem uma rede, e é um tratamento complexo. Muitas vezes aquilo desmantela a própria família. São cerca de R$ 30 bilhões por mês jogados nesses jogos. Então é algo que eu acho que o país tem que se debruçar e encontrar aí uma alternativa.’
O Cointelegraph é um website de leitura gratuita. Ao adquirir um produto pelos links afiliados no nosso conteúdo, podemos ganhar uma comissão sem custos adicionais para os nossos leitores. O que nos permitirá financiar as nossas operações e continuar com o nosso trabalho de investigação.
Aviso Legal: Em conformidade com a Portaria Normativa SPA/MF nº 615/2024, o uso de criptomoedas para apostas online está proibido em território brasileiro. Embora essa prática ainda seja permitida em outros países, este artigo passou a divulgar exclusivamente sites licenciados no Brasil. Recomendamos que, se estiver no Brasil, utilize apenas métodos de pagamento autorizados e acesse plataformas devidamente reguladas pelas autoridades nacionais.