O mercado de iGaming no Brasil está repleto de desafios. Diante disso, operadoras, especialistas e profissionais do setor estão unindo forças para enfrentar dois temas centrais em 2025: a manipulação de resultados e a desinformação pública.
Passamos por um grande o avanço da regulamentação e um crescimento explosivo do mercado de apostas online.
Com isso, as principais empresas passaram a investir em ações educativas e campanhas de integridade.
Isso serve não apenas para proteger os apostadores, mas também para preservar a credibilidade do setor.
Workshops com jogadores e times da Série A
Nos últimos meses, casas de apostas legalizadas passaram a realizar workshops sobre manipulação de resultados junto a clubes patrocinados.
Corinthians e Mirassol, por exemplo, participaram de encontros conduzidos por plataformas como Esportes da Sorte e 7K.bet. Tudo em parceria com a empresa de monitoramento Sportradar.
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Esses eventos têm como objetivo orientar atletas e comissões técnicas sobre os riscos de envolvimento com esquemas de manipulação.
Além disso, explicam em detalhes como funcionam os sistemas de detecção de apostas suspeitas.
Um dos exemplos mencionados no setor de iGaming foi um caso de manipulação de cartão.
Na ocasião, 98% das apostas sobre cartões amarelos em uma partida estavam concentradas em um único jogador.
Nove apostas no valor máximo feitas em questão de horas acenderam o alerta.
A movimentação anormal acabou detectada em tempo real por inteligência artificial. A tecnologia hoje é amplamente usada por plataformas que operam com autorização do Ministério da Fazenda.
É um serviço que já existia antes da regulamentação e ganhou força com as autorizações provisórias de 2024, explicou Bernardo Cavalcanti Freire, representante da ANJL e da Betlaw.
iGaming deve ser entretenimento, não fraude
Para especialistas, é essencial reforçar que apostas devem ser tratadas como uma forma de entretenimento, não como uma ferramenta de manipulação.
Manipular para lucrar distorce o propósito do mercado, afirmou Daniel Fortune, especialista em Jogo Responsável.
Já Fellipe Fraga, da EstrelaBet, defendeu o papel das operadoras no combate às fraudes:
O mercado disponibiliza dados para que ligas e autoridades atuem com eficiência.
Além do prejuízo esportivo e da quebra de confiança, as próprias plataformas de iGaming sofrem perdas financeiras quando ocorrem fraudes.
Segundo Freire, prêmios indevidos são pagos. Além disso, há risco de ações de outros apostadores contra a empresa, mesmo quando o sistema identifica a fraude rapidamente.
Movimento Pró-Bet propõe reação coletiva à desinformação
Enquanto o setor se profissionaliza no combate a irregularidades, também enfrenta outro desafio.
Trata-se da crescente onda de desinformação que afeta a imagem pública das apostas e dos jogos online no Brasil.
Em resposta, no dia 8 de agosto de 2025, às 17h, acontecerá o encontro virtual do Movimento Pró-Bet.
Será uma convocação aberta a profissionais, empresas, entusiastas e investidores do setor para debater os rumos do iGaming no país.
O foco do evento está na construção de uma narrativa mais transparente, ética e responsável sobre o setor.
Além disso, vai ressaltar a necessidade de combater estigmas e fake news que ainda cercam o universo das apostas legais.
Com previsão de participação ampla, o evento marca o início de uma campanha coletiva para mostrar à sociedade os reais impactos positivos do setor, tais como:
- Geração de empregos
- Arrecadação fiscal
- Investimentos em tecnologia e esporte
iGaming cresce, mas ainda enfrenta resistência
Em 2023, o mercado brasileiro de iGaming movimentou cerca de US$ 3,4 bilhões, superando as receitas combinadas da indústria da música e do cinema.
No primeiro quadrimestre de 2024, o número de contratações na área cresceu 37%. Além disso, o governo estima uma arrecadação anual de até R$ 12 bilhões com a regulamentação.
Mesmo assim, o setor ainda lida com preconceitos antigos, agravados pela falta de fontes confiáveis e pela confusão entre apostas legais e atividades ilícitas.
O marketing e a educação sobre apostas precisam ser orientados pela ética, defende Renê Salviano, da consultoria Heatmap.
Já Hans Schleier, da Casa de Apostas, cobra diretrizes mais claras para a publicidade:
A autorregulamentação publicitária é imprescindível para preservar a imagem e o funcionamento do setor.
Pró-Bet quer unir o setor em torno da credibilidade
O evento do dia 08 de agosto será o pontapé inicial para uma agenda mais ativa de defesa institucional do iGaming.
Segundo os organizadores, não se trata de apresentar soluções prontas, mas de abrir espaço para escuta e reflexão.
A ideia é atingir uma construção conjunta de caminhos que reforcem a credibilidade do setor.
A proposta é que todos que vivem o setor por dentro tenham voz ativa nesse processo, sejam operadores, criadores de conteúdo, atletas ou técnicos.
Quem quiser participar, pode se inscrever gratuitamente e acompanhar a transmissão ao vivo, através do Google Meet.
A expectativa é que novos encontros e campanhas públicas sejam anunciados após essa primeira reunião.
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