Num período particularmente difícil para o grupo devido à polémica relacionada com o caso da Spinumviva, os cinco casinos da Solverde apresentaram resultados positivos até setembro de 2025.
O bom desempenho do grupo reforça a estabilidade financeira da operadora portuguesa, apesar da incerteza política que rodeia as futuras concessões de casinos.
Os dados divulgados agora indicam que a indústria dos casinos continua a recuperar da pandemia, embora o setor do jogo online mantenha uma posição dominante no mercado nacional.
Receitas em crescendo para o grupo Solverde
Entre janeiro e setembro de 2025, o desempenho do grupo foi francamente positivo.
O casino de Espinho aumentou as receitas em 5,3%, para 31,5 milhões de euros, enquanto o de Chaves registou um crescimento ainda mais robusto, de 8,6%, atingindo os 7 milhões de euros.
Além disso, os três casinos algarvios (Vilamoura, Praia da Rocha e Monte Gordo) viram as suas receitas subir em 2%. A faturação total do conjunto de casinos algarvios foi de 24,8 milhões de euros.
Estes números tornam-se ainda mais relevantes tendo em consideração o polémico episódio da Spinumviva, que colocou todo o grupo no foco do interesse mediático.

Recorde-se que o grupo Solverde foi cliente da Spinumviva.
A empresa familiar é detida pelo atual Primeiro-Ministro português desde 2021.
Assim, pagando mensalmente 4.500 euros por ‘serviços especializados de compliance e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais’.
Contudo, mesmo perante um nível de escrutínio bastante acima da média, o grupo conseguiu manter a confiança dos seus clientes, conseguindo mesmo aumentar a sua base de receitas.
O panorama geral do mercado de casinos nacional
Somando todos os casinos legais em Portugal (neste caso, referimo-nos apenas aos casinos territoriais), os resultados ascenderam a 199,65 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025.
Assim, este valor representa uma ligeira diminuição de 0,2% em relação ao período homólogo de 2024, segundo a Associação Portuguesa de Casinos (APC).
Esta estabilidade é especialmente relevante no contexto de recuperação do setor após a pandemia da doença do coronavírus (Covid-19).
O Casino do Estoril foi o principal responsável pela queda global.
Aquele que é o casino mais icónico de Portugal registou uma diminuição considerável de 14,9% em termos homólogos, para pouco mais de 33 milhões de euros.
Por sua vez, o Casino de Lisboa, o maior estabelecimento do país, registou um aumento de 3,6%, com um volume de negócios de 53,1 milhões de euros.
O Casino da Póvoa de Varzim, igualmente explorado pela Estoril-Sol, registou uma queda de 2,3%. Faturou 27 milhões de euros, mantendo-se assim no grupo dos maiores casinos nacionais.
Resultados de outros casinos e perspetivas futuras
O casino da Figueira da Foz apresentou resultados promissores, com um aumento de 9,1%.
O volume de negócios também subiu para 10,9 milhões de euros.
O casino da Madeira, explorado pelo grupo Pestana, destacou-se com um crescimento de 13,7%, tendo gerado 7 milhões de euros.
Apenas o casino de Troia, detido pela Oxy Capital, registou uma contração, com um decréscimo de 4,3% para 5,2 milhões de euros.
Concessões atualmente em disputa
A Solverde enfrenta, contudo, um período bastante sensível.
As concessões dos casinos de Espinho e do Algarve terminam em dezembro de 2025, o que reacendeu o debate sobre potenciais conflitos de interesse.
Tal acontece porque o primeiro-ministro, Luís Montenegro, representou o grupo nas negociações de prorrogação entre 2018 e 2022.
Montenegro já indicou publicamente que se declarará impedido em eventuais decisões governamentais que envolvam o grupo.
Desse modo, demonstra a sua consciência sobre a sensibilidade política da questão.
Com grandes empresas espanholas e francesas interessadas nas concessões portuguesas, o futuro da Solverde no setor do jogo parece atualmente algo incerto.
Ainda não há nada sobre a decisão do Governo português sobre os concursos de concessão territorial dos casinos. Por isso, o setor permanece em suspense até ser conhecida a decisão.
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