O Game Pass, principal serviço de assinatura da Microsoft, voltou ao centro de uma polêmica. Recentemente, desenvolvedores renomados e jornalistas do setor questionaram a viabilidade do modelo.
O serviço, apesar de vantajoso para jogadores, enfrenta críticas sobre sua sustentabilidade e impacto na indústria de jogos.
O debate ganhou força após a Microsoft anunciar a demissão de milhares de funcionários que atuavam na sua divisão de jogos.
Dessa forma, parte da comunidade acredita que o Game Pass pode estar em xeque. Afinal, o modelo atual é viável ou está prestes a ruir?
Desenvolvedores questionam modelo e futuro do Game Pass
Raphaël Colantonio, fundador da Arkane Studios, foi direto em suas redes sociais. Para ele, o Game Pass é ‘insustentável’ e pode ‘prejudicar toda a indústria’.
O desenvolvedor comparou o serviço a um elefante na sala que muitos evitam discutir, mas que já estaria causando danos sérios ao mercado gamer.
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Segundo Colantonio, o serviço depende do ‘dinheiro infinito’ da Microsoft, algo que pode acabar a qualquer momento.
Ele afirma que o modelo de assinatura não se sustenta sem investimentos massivos.
Michael Douse, da Larian Studios, reforçou esse ponto. Ele destacou que a maior preocupação dos desenvolvedores é o que acontecerá quando o financiamento cessar.
Para ele, o Game Pass afeta negativamente as vendas de jogos, mesmo que a Microsoft negue isso publicamente.
Ambos concordam que a canibalização de vendas é real. Pequenos estúdios até se beneficiam em curto prazo, mas o impacto geral é preocupante.
Além disso, Colantonio afirmou que a matemática do modelo não fecha nem para desenvolvedores, nem para a própria Microsoft.
Xbox enfrenta cortes e pressão de acionistas
A crise na divisão Xbox não se limita ao Game Pass. A Microsoft anunciou mais de 9.000 demissões nos últimos 18 meses.
Somente em 2024, foram cortados mais de 2.000 postos na área de games. Estúdios como Tango Gameworks e The Initiative foram fechados, enquanto Projetos como Everwild e Perfect Dark foram cancelados.
Segundo o jornalista Jez Corden, a diretoria da Microsoft impôs metas “não realistas” para o Xbox.
Ele acredita que essas exigências estão fragilizando a divisão. Tom Warren, do The Verge, também comentou que o Game Pass ainda não se pagou e segue sendo uma ‘aposta cara’.
Mesmo com a aquisição da Activision Blizzard, a receita da divisão de jogos não cresceu como o esperado.
As pressões internas agora se intensificam, e a Microsoft começa a reavaliar suas estratégias. O Game Pass, embora popular, pode estar entre os alvos de revisão.
Game Pass: bom para jogadores, ruim para os negócios?
É inegável que o Game Pass oferece um excelente custo-benefício para o consumidor. A assinatura dá acesso a centenas de jogos por um preço acessível.
No entanto, as críticas recentes publicadas no X colocam em dúvida a sustentabilidade desse modelo.
Se o serviço não se mostrar financeiramente viável, a Microsoft pode ser forçada a rever sua abordagem.
A depender das metas e resultados dos próximos trimestres, cortes adicionais e até mudanças no serviço podem ocorrer.
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