Os serviços de assinatura de jogos, como Game Pass e PlayStation Plus, dominaram o setor nos últimos anos. No entanto, o cenário pode estar mudando. Para o analista Mat Piscatella, esse modelo não será sustentável no futuro.
Em uma publicação recente no Bluesky, Piscatella destacou que esses serviços mostram sinais de estagnação. Nos Estados Unidos, o dinheiro gasto em assinaturas se mantém estável desde o boom de 2020 e 2021.
Apenas o Game Pass registrou crescimento, e isso somente no final de 2024, impulsionado pela chegada de Call of Duty.
Game Pass e PS Plus atingiram um teto?
Piscatella acredita que as assinaturas terão seu espaço, mas não dominarão o mercado como muitos imaginam. Ele compara a trajetória desses serviços com o que ocorreu nas plataformas de streaming, onde o crescimento rápido deu lugar a uma estabilização precoce.
Além disso, Piscatella comentou que Sony e Microsoft devem, em breve, diminuir o foco no marketing dos seus serviços de assinatura. Segundo ele, essas empresas devem apostar em um ecossistema mais amplo, integrando vendas diretas, jogos na nuvem e outras fontes de receita.
Sua análise ganhou destaque após a Sony anunciar a remoção de diversos jogos da PS Plus em maio. No Reddit, usuários criticaram a falta de lançamentos relevantes e expressaram inveja do catálogo do Game Pass. Apesar da revolta, as duas plataformas ainda apresentam números expressivos.
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Número de assinantes mostra a força dos serviços
Mesmo com os alertas de especialistas, o Game Pass e o PS Plus continuam com bases sólidas de assinantes. Segundo o CEO da Microsoft, Satya Nadella, o PC Game Pass cresceu mais de 30% no último trimestre de 2024.
Já o ecossistema Xbox, que inclui o Game Pass, bateu recordes de receita em serviços, mesmo com a queda nas vendas de consoles.
No Brasil, o cenário é ainda mais favorável para o serviço de assinatura da Microsoft. De acordo com a Pesquisa Game Brasil, 38,9% dos assinantes de serviços de jogos no país utilizam o Game Pass. A PlayStation Plus aparece logo atrás, com 32,7%, enquanto o Nintendo Switch Online soma 9,1%.
Ainda assim, é importante observar que 40,7% dos brasileiros não assinam nenhum serviço de jogos. Esses dados mostram que, apesar da popularidade, há espaço para crescimento ou migração no mercado.
A Microsoft, aliás, tem planos ambiciosos para o futuro. Segundo informações de bastidores reveladas pelo site The Information, a empresa deseja atingir 100 milhões de assinantes no Game Pass até 2030. Para isso, precisaria crescer mais de 40% ao ano, o que representa um grande desafio.
O PlayStation Plus, por outro lado, enfrenta críticas crescentes pela falta de lançamentos simultâneos e pela retirada constante de jogos.
Recentemente, aumentos nos preços da assinatura em diversas regiões, inclusive no Brasil, acirraram a insatisfação dos usuários.
Apesar das dificuldades, tanto o Game Pass quanto o PS Plus seguem relevantes no cenário global. O futuro, como sugere Piscatella, provavelmente será híbrido.
Os serviços de assinatura devem coexistir com outras formas de consumo de jogos, adaptando-se a novos comportamentos do público.
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