Depois do mistério que envolveu o nome dos candidatos às concessões dos cinco casinos portugueses atualmente em disputa, conhecem-se finalmente as entidades dos candidatos.
Recorde-se, que em jogo, estão as concessões de exploração dos casinos de Espinho, Algarve e Póvoa de Varzim.
Agora, ficou-se a saber que entraram em jogo grandes operadores internacionais, os quais prometem colocar em causa o domínio tradicional dos grupos portugueses neste setor.
O concurso, que deverá render ao Estado cerca de 1,5 mil milhões de euros ao longo dos próximos 15 ano.
Assim, atraiu candidatos de França e Espanha, dispostos a competir com a Solverde e a Estoril-Sol.
Barrière quer conquistar os cinco casinos em disputa
O grupo francês Barrière é o candidato mais ambicioso, já que mostrou interesse em ficar com a exploração dos cinco casinos que estão a concurso:
- Espinho,
- Póvoa de Varzim,
- Vilamoura,
- Portimão,
- Monte Gordo.
Fundada em 1912, a Barrière é líder no setor dos casinos em França.
Casinos legais em Portugal: top licenciados e descentralizados.
Assim, gerindo atualmente mais de 30 estabelecimentos de jogo, uma rede de hotéis de luxo, dezenas de restaurantes e vários spas.
Além da liderança no mercado francês, a Barrière também tem uma grande experiência internacional, detendo casinos na Suíça, Costa do Marfim e Egito.
No total, a empresa explora mais de 6.000 máquinas de slot, 1.600 jogos eletrónicos e 250 mesas de jogo tradicionais.
Em termos de eventos, a empresa organiza anualmente cerca de 3000 eventos e espetáculos.
Gigantes espanhóis apostam no Algarve
Do lado espanhol, dois grandes grupos manifestaram interesse nas concessões algarvias.
A Cirsa, que pertence à empresa norte-americana Blackstone, candidatou-se aos três casinos do Algarve.
Não é a primeira investida desta multinacional no país.
De fato, em 2024, a Cirsa adquiriu 68% da plataforma Casino Portugal.
Este grupo registou receitas de 2.150 milhões de euros e um lucro operacional de 699 milhões no ano passado.
Em junho, a Cirsa obteve luz verde da Autoridade da Concorrência para se fundir com a Sociedade Figueira Praia, operadora do Casino da Figueira da Foz.
Esta operação estratégica permitiu reforçar a posição do grupo no mercado português antes da disputa pelas novas concessões.
Também a Comar, outro grupo espanhol ligado ao lazer e ao turismo, manifestou interesse específico nos casinos algarvios.
Desse modo, aumentando a concorrência numa região tradicionalmente dominada pela Solverde.
O grupo Comar opera diversos casinos, não só em Espanha, mas também na América Latina. Além disso, também conta com um casino online em Espanha, o iJuego.
Grupos portugueses tentam manter as suas concessões
Em termos dos grupos portugueses, não existem muitas surpresas. Os operadores apresentaram candidaturas no sentido de procurarem renovar as suas concessões, e não procuraram concorrer noutras áreas.
Assim, a Solverde manifestou interesse em manter as concessões atuais em Espinho e no Algarve. Por sua vez, a Varzim Sol (Estoril-Sol) candidatou-se à renovação da concessão da Póvoa de Varzim.
Recorde-se que as atuais concessões foram prolongadas até 31 de dezembro de 2025, a fim de compensar os prejuízos sofridos durante a pandemia.
Nesse período, estima-se que as perdas tenham sido de 39,3 milhões de euros em Espinho, 56,1 milhões na Póvoa de Varzim e 43,4 milhões no Algarve.
Um processo que se espera longo
O prazo para entrega de candidaturas terminou a 5 de setembro, contudo o governo ainda não adiantou informações adicionais sobre as próximas datas relevantes.
O Ministério da Economia limita-se a indicar que não é possível antecipar datas para a avaliação e adjudicação, as quais dependem do número de candidatos e da análise dos processos.
No setor, admite-se que a decisão final possa acontecer somente em 2026, mesmo sem haver recursos que impeçam o concurso de prosseguir.
A possibilidade de prolongar as atuais concessões para além do final do ano está a ser considerada, caso os procedimentos se prolonguem.
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