O Ministério Público de São Paulo denunciou Augusto Melo e outros envolvidos por desviar mais de R$ 40 milhões do Corinthians no caso Vai de Bet.
Eles foram apontados em um esquema ligado ao contrato com a empresa de apostas Vai de Bet.
Assim, a parceria assinada em janeiro de 2024 previa o pagamento de R$ 360 milhões ao clube por três anos.
Dessa forma, o que não foi revelado na época é que uma empresa sem experiência no setor atuava como intermediária e receberia 7% do valor total.
Ou seja, a empresa em questão era a Rede Social Media Design, no nome de Alex Cassundé.
Assim, com capital social de apenas R$ 10 mil, ela recebeu, só nos primeiros meses, R$ 1,4 milhão em pagamentos do clube.
No entanto, o MP aponta que a intermediação nunca existiu de fato.
Cassundé não tinha relação com a Vai de Bet, nunca esteve no Parque São Jorge no período da negociação e confessou que pesquisou sobre o setor usando Google e inteligência artificial.
Apesar disso, ele foi incluído no contrato como intermediário com aval da diretoria.
Segundo o MP, o objetivo era desviar valores que deveriam ir ao caixa do clube. ‘Isto se dá porque a intermediação, de fato, não ocorreu, tratando-se de manobra simulada para permitir a subtração de valores do clube’.
Caso Vai de Bet e Corinthians
A investigação mostra que o dinheiro pago à empresa foi repassado a uma cadeia de empresas suspeitas.
O dinheiro saiu da Rede Social Media Design e passou por Neoway, Wave e Victory, até chegar à UJ Football Talent, de Ulisses Jorge.
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Nessa movimentação, o MP identificou uso de laranjas. Edna Oliveira, sócia da Neoway, mora em bairro pobre e recebe auxílio do governo. Já a Wave está em nome de um motoboy.
Dessa forma, o Ministério Público pediu o bloqueio de bens dos envolvidos e cobra a devolução dos valores desviados.
Os denunciados incluem Augusto Melo, Alex Cassundé, Marcelo Mariano, Sérgio Moura, Victor Shimada e Ulisses Jorge.
Augusto Melo teve o impeachment aprovado no Conselho Deliberativo. Uma segunda votação está marcada para agosto, com participação do quadro associativo.
A defesa de Melo disse que a denúncia era esperada, mas alega falta de clareza na acusação.
A UJ Football Talent afirmou que o sócio nunca foi ouvido e que a denúncia é ‘absurda’.
O MP afirma que o desvio de dinheiro envolveu fraude, abuso de confiança e lavagem.
O esquema usou a fachada de intermediação para permitir o maior desvio da história recente do futebol brasileiro.
Fonte: Metrópoles
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