A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) voltou ao centro dos holofotes nesta semana após vazamentos de imagens que mostravam uma suposta camisa vermelha como segundo uniforme da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026.
O modelo, divulgado pelo portal especializado Footy Headlines, exibia o vermelho como cor predominante, com detalhes em preto.
A proposta causou forte reação pública e até política, o que forçou a CBF a emitir uma nota negando a oficialidade da peça e garantindo que ainda não definiu os novos uniformes com a Nike.
Em nota oficial, a entidade afirmou que vai respeitar seu estatuto, que determina o uso de cores da bandeira nacional – amarelo, azul, verde e branco – em partidas oficiais.
O documento, porém, abre brecha para modelos comemorativos em outras cores, desde que aprovados pela diretoria.
Pouco depois, a própria CBF mudou o tom e garantiu a manutenção das cores tradicionais.
A nova versão representou um recuo diante da pressão de torcedores, parlamentares e membros do governo Lula, que chegaram a sondar a direção da entidade para esclarecer a proposta.
CBF e a camisa vermelha da seleção: pressão política e dano à Nike
A ideia de uma camisa vermelha também gerou incômodo entre integrantes do alto escalão do governo federal.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), criticou a possibilidade nas redes sociais.
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Portanto, para ele não se justifica adotar cores diferentes das já tradicionais. ‘Temos preocupações maiores, como garantir a vaga na Copa’, destacou.
De acordo com apuração da imprensa, o projeto da camisa vermelha da seleção já estaria em desenvolvimento há mais de um ano.
Sendo assim, o uniforme é desenvolvido em parceria com a linha Jordan da Nike, braço esportivo ligado à marca do ex-jogador de basquete Michael Jordan.
Com o recuo, a fornecedora corre risco de prejuízo milionário. A produção de um uniforme da Seleção leva até dois anos, e os insumos já estavam comprados.
Tecidos, golas, punhos e bordados são adquiridos separadamente e, nesta fase, os processos logísticos já estão em andamento.
Uma alternativa seria tingir o tecido com azul, substituindo o vermelho no processo final de fabricação.
Dessa forma, outra hipótese seria criar uma versão adaptada com as peças já produzidas, o que geraria um modelo improvisado e com alto risco de rejeição pública.
Camisa vermelha: questão técnica ou ideológica?
A cor vermelha, historicamente associada ao Partido dos Trabalhadores (PT), alimentou uma leitura ideológica que acentuou o desgaste.
Fontes do governo afirmaram que não há interesse em politizar o uniforme da Seleção. Ainda assim, a possibilidade gerou desconfiança e ajudou a acirrar os ânimos em torno do tema.
Vale lembrar que a Seleção já usou um uniforme fora do padrão tradicional em 2023, quando enfrentou Guiné com uma camisa preta, como parte de uma campanha contra o racismo.
A CBF classificou a ocasião como comemorativa e, por isso, a enquadrou dentro do estatuto.
No entanto, para a Copa do Mundo, há um compromisso simbólico com os torcedores e com a identidade visual nacional. Assim, isso torna qualquer mudança de cor um movimento sensível — e agora, pouco provável.
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