A justiça brasileira decidiu indiciar o presidente do Corinthians, Augusto Melo, por envolvimento no caso Vai de Bet.
Junto com mais cinco réus, ele pode responder por um esquema que supostamente desviou R$ 40 milhões.
Ou seja, o dinheiro pertencia ao contrato firmado entre o time de futebol e a plataforma bet. Como resultado disso, Melo e os demais citados no processo podem ter bens bloqueados.
Mas, de acordo com a investigação, o dinheiro desviado foi utilizado para cobrir gastos da eleição de Melo à presidência do clube. No entanto, a defesa do réu contesta a acusação.
Assim, em nota, os advogados do presidente do Corinthians afirmam que não houve grandes gastos durante a campanha para o posto de presidente do clube.
Tratou-se de uma candidatura modesta, sustentada basicamente pela arrecadação voluntária das chapas aliadas e de corintianos comprometidos com a mudança. Portanto, a tese de que haveria desvio de verba para quitar compromissos eleitorais cai por terra diante da própria realidade financeira da campanha, entre 2020 e 2023.
Presidente do Corinthians no caso Vai de Bet
O chamado Caso Vai de Bet envolve suspeitas de irregularidades graves no contrato de patrocínio firmado entre o Corinthians e a empresa de apostas.
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Desse modo, a investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) aponta que o acordo foi utilizado para desviar recursos da instituição e quitar dívidas particulares ligadas à campanha eleitoral do dirigente.
Contudo, a parceria entre o time de futebol e a plataforma bet foi firmada durante a gestão de Augusto Melo na presidência do Corinthians.
No total, o Timão receberia R$ 360 milhões em repasses, em um contrato com duração até 2026.
Portanto, além do presidente do Corinthians, outros réus são citados no processo entre pessoas físicas e jurídicas, como:
- Rede Social Media Design;
- ACJ Plataform;
- Carvalho Distribuidora;
- Thabs Soluções Integradas;
- Wave Intrmediações e Tecnologias;
- Victory Trading Intermediação;
- UJ Football Talent;
- UJ Holding Patrimonial E Investimentos;
- Augusto Pereira De Melo;
- Marcelo Mariano Dos Santos;
- Sérgio Lara Muzel De Moura;
- Alex Fernando André;
- Victor Henrique De Oliveira Shimada;
- Ulisses De Souza Jorge.
Defesa contesta acusação no caso Vai de Bet
Assim, em nota divulgada pelo Metrópoles, a defesa rechaça a acusação envolvendo Augusto Melo. Dessa forma, os advogados disseram que não dá para entender as atividades descritas no processo judicial.
A tentativa de associar a imagem do presidente a um suposto enriquecimento ilícito revela mais uma intenção política do que uma busca genuína pela verdade. Não há uma descrição cronológica coesa dos fatos que permita compreender, de forma técnica e precisa, qual seria a conduta delituosa imputada ao presidente.
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