Um adolescente teria usado o CPF de seu professor para criar contas em sites de apostas no Paraná, segundo informações da Polícia Civil do estado. O caso segue em investigação.
De acordo com a polícia, o professor descobriu o uso indevido de seus dados em ‘bets’ após receber dinheiro em sua conta bancária.
Além disso, o aluno teria entrado em contato pedindo que ele repassasse os valores.
Aluno confessou cadastro em sites de apostas
O adolescente estuda em uma escola estadual em Jardim Alegre, cidade no norte do Paraná. Segundo o professor, durante um bingo na escola, o aluno teria pedido a ele o número do seu Pix.
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Por isso, o adolescente passou a ter acesso ao Cadastro de Pessoa Física (CPF) do professor, já que é o mesmo número que o professor usa para transações no Pix.
Dias depois, o professor notou o recebimento de um valor em dinheiro em sua conta bancária — o que não esperava.
Em seguida, o estudante enviou mensagens ao professor informando que ele receberia R$ 50 em sua conta bancária. Além disso, pediu que ele enviasse o dinheiro via Pix.
O professor, desconfiado, questionou o aluno sobre o motivo da transação. Então, o adolescente teria admitido que obteve o dinheiro em sites de apostas.
Professor levou caso à direção da escola
Após a confissão do aluno, o professor levou o caso à direção da escola. Em seguida, o estudante foi chamado para dar esclarecimentos.
Ele se desculpou e confessou que havia criado contas em sites de apostas usando o CPF do professor.
Segundo o aluno, ele queria ganhar bônus de boas-vindas ao criar contas novas. No entanto, para isso, precisava de um CPF diferente.
Dias depois, a mãe do estudante também foi chamada pela direção da escola, segundo a Polícia Civil. Ela se desculpou com o professor após conversar com ele.
Além disso, na mesma ocasião, o denunciante devolveu a ela os R$ 50 que havia recebido em sua conta.
A polícia registrou um boletim circunstanciado de ocorrência, que serve para atos infracionais de menor potencial ofensivo — como aqueles que envolvem crianças e adolescentes.
O aluno poderá responder por ato infracional com equiparação aos crimes de estelionato e falsidade ideológica se houver a comprovação de eventual prejuízo ao professor ou a sites de apostas.
Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, os adolescentes entre 14 e 17 anos usam sites ilegais para fazer apostas online.
Porém, a polícia não informou se isso aplica ao caso de Jardim Alegre.
O que diz a secretaria de educação
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) afirmou que o caso ocorreu fora das dependências da instituição.
No entanto, garantiu ter tomado as medidas cabíveis.
‘Tão logo soube do ocorrido, a direção escolar registrou o incidente em ata e comunicou o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Ivaiporã, que orientou os envolvidos sobre a adoção de medidas cabíveis. A responsável pelo estudante foi convocada e orientada pela equipe pedagógica do colégio. O professor envolvido foi instruído a registrar Boletim de Ocorrência (BO) junto à autoridade competente.’
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