O início da segunda metade do Brasileirão está movimentando o setor de apostas esportivas, com destaque para as microapostas.
A abertura da janela internacional de transferências em julho e o equilíbrio na tabela da Série A criaram um ambiente de alta volatilidade, que tem favorecido as chamadas micro bets.
Elas são apostas de curtíssima duração, como escanteios, cartões e lances específicos de uma partida.
De acordo com um levantamento da Fulltrader Sports, esse tipo de aposta cresceu 41% ao longo de 2024, reflexo da busca por resultados rápidos e do apelo emocional.
‘A janela de transferências redesenha o desempenho dos times, e os apostadores respondem com estratégias mais pontuais. As micro bets permitem capitalizar rapidamente em cenários de alta incerteza, como os que surgem logo após a chegada de novos reforços’, afirma Ricardo Santos, cientista de dados e fundador da Fulltrader Sports.
A mudança no comportamento dos usuários também reflete uma tendência mais ampla no setor.
De acordo com o Banco Central, os brasileiros movimentaram, em média, R$ 20 bilhões por mês em apostas online nos oito primeiros meses de 2024.
Desse modo, com a regulamentação do setor e a autorização de 158 plataformas até 2029, o governo federal estima arrecadar até R$ 6 bilhões em tributos até o fim do ano.
Microapostas Brasileirão
Além da entrada de novos atletas, que alteram drasticamente o favoritismo das equipes, a classificação do campeonato apresenta um cenário embolado.
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‘Essas variáveis tornam as odds mais instáveis e, por isso, mais atrativas. As plataformas estão registrando um aumento expressivo na diversificação das apostas, com destaque para mercados alternativos, como desempenho individual de jogadores e número de faltas’, explica Ricardo.
Especialistas observam ainda um comportamento mais técnico por parte dos apostadores, que estão recorrendo a dados estatísticos, gráficos preditivos e plataformas com simulações de cenários.
A análise de desempenho recente, desgaste físico e até as condições climáticas dos jogos são hoje consideradas fatores decisivos nas estratégias de aposta.
A combinação entre inteligência artificial, personalização da experiência e uso de dados estatísticos transformou as apostas em uma atividade cada vez mais analítica.
‘Hoje, quem não utiliza dados para embasar suas decisões está em desvantagem significativa. As plataformas mais avançadas já oferecem perspectivas em tempo real, e isso muda o jogo completamente’, destaca Ricardo.
Assim, com o calendário do futebol nacional em ritmo intenso até dezembro, as apostas devem seguir em alta.
A Fulltrader projeta que o segundo semestre terá expansão das micro-bets e consolidação de um perfil de apostador mais consciente e estratégico.
‘O novo ciclo do Brasileirão é um laboratório vivo de comportamento.
Saber interpretar os sinais, mais do que confiar na torcida, será o que separará ganhos de perdas’, finaliza o especialista da Full Trader.
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