O número de brasileiros traficados para trabalho forçado em bets aumentou. De acordo com um relatório do Ministério da Justiça e Segurança Pública de São Paulo, eles são atraídos para regiões como o sudeste asiático.
Assim, com a promessa de emprego e uma vida estável, muitos são atraídos para uma situação de trabalho deplorável, com condições análogas a escravidão em outros países.
Segundo Marina Bernardes, coordenadora da CGETP, essa atração acontece porque as bets precisam de pessoas que falem praticamente todos os idiomas. Sendo assim, os brasileiros também são recrutados para o serviço ilegal.
Além de brasileiros traficados para bets, explicou Bernardes em entrevista para o Metrópoles, os norte-americanos também são alvos de quadrilhas que traficam pessoas no sudeste asiático.
Aquela região vem se consolidando como um grande centro de apostas online, então já tinha esse contexto favorável. E para esse tipo de delito, eles precisam de pessoas. Vários países identificaram esse fluxo justamente porque as redes que atuam lá precisavam de pessoas do mundo inteiro, que falassem em vários idiomas. Então, brasileiros, até americanos foram parar lá.
Brasileiros traficados na Nigéria
Até agora, pelo menos cinco brasileiros enfrentam situação de trabalho escravo em condições relacionadas à plataformas bets ilegais.
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No relatório divulgado, o documento aponta que essa é uma tendência que as autoridades brasileiras precisam acompanhar de perto.
Pode ser que eles já estejam buscando outros países para se instalarem. A gente está observando essa tendência, mas por enquanto são poucos, foram cinco brasileiros identificados na Nigéria, e estão atuando com isso.
Já no sudeste asiático, dois brasileiros foram recrutados para uma falsa empresa.
No local, eles trabalhavam por 16 horas diárias aplicando golpes financeiros em pessoas que falavam português.
Em entrevista para o Metrópoles, Marina Bernardes explicou que geralmente as pessoas são atraídas pela oferta de emprego e dinheiro.
Assim, em alguns casos, as vítimas aceitam a oferta de trabalho, acreditando que vão deixar o esquema em algum momento.
Muitos acham que com isso vão fazer o pé de meia, às vezes vão ter dinheiro lá, mesmo nessas condições de trabalho, em condições análogas à escravidão. Mas depois conseguem sair, vão para outra. A gente já ouviu vários relatos de que eles ficam mudando de localidade, até de aliciadores, de grupos criminosos. Então, é um fenômeno relativamente recente.
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