Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, a influenciadora Virginia Fonseca disse não se arrepender dos anúncios que fez para empresas de apostas.
Além disso, afirmou que não pode ajudar os seguidores que pedem socorro a ela.
Virginia participou da CPI das Bets, que ocorre no Senado, na condição de testemunha.
Por isso, teve permissão do Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio — para não se incriminar.
No entanto, ao longo da sessão desta terça-feira (13/5), a influenciadora foi questionada pelos senadores a respeito de seus contratos para divulgar duas bets.
Virginia: ‘eu não me arrependo de absolutamente nada’
Durante sua participação na CPI das Bets, que deve acabar em junho, Virginia Fonseca buscou minimizar seu papel como influenciadora de apostas.
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Por exemplo, em resposta a uma pergunta da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da comissão, ela falou que não pode socorrer quem sofre com o vício em apostas.
‘Eles pedem socorro para a senhora porque a senhora tem o poder de fazer alguma coisa. Eu não tenho poder de fazer nada.’
Além disso, em relação às campanhas publicitárias que fez para bets anteriormente, Virginia negou qualquer arrependimento.
‘Eu não me arrependo de absolutamente nada do que já fiz na minha vida. Acredito que tudo serviu de ensinamento.’
Ao longo da sessão, a influenciadora respondeu a diversos questionamentos dos senadores em relação a contratos e trabalhos para promover sites de apostas e jogos de cassino.
No entanto, também recebeu o apoio de membros da comissão, incluindo até mesmo pedidos para tirar fotos.
Influenciadora nega existência de ‘cláusula da desgraça’
Virginia Fonseca afirmou que sempre seguiu a legislação brasileira referente a apostas online e que alertou seus seguidores sobre os riscos das apostas online:
‘Quando eu posto, sempre deixo muito claro que é um jogo, que pode ganhar e pode perder. Que menores de 18 anos são proibidos na plataforma. Se possui qualquer tipo de vício, o recomendado é não entrar. E para jogar com responsabilidade.’
Além disso, ela negou que tenha assinado contratos contendo a ‘cláusula da desgraça’, que daria a ela um percentual sobre as perdas de apostadores, segundo o site do Senado.
A possível existência dessa cláusula vem sendo um dos principais focos das críticas à influenciadora em redes sociais. Virginia garante que a cláusula era outra:
‘Se eu dobrasse o lucro dele, eu receberia 30% a mais da empresa. Em momento algum, sobre perda dos seguidores. Meu contrato não tem nada de anormal (…) Esse valor nunca foi atingido, nunca recebi um real a mais do que o meu contrato de publicidade, que fiz por 18 meses. Era um valor fixo. Se eu dobrasse o lucro, eu receberia 30% a mais da empresa. Mas isso não chegou a acontecer.’
Antes do início da sessão, a senadora Soraya afirmou que a CPI investiga, entre outros temas, a suspeita de que influenciadores ganham comissões sobre as perdas dos apostadores. Afinal, segundo ela:
‘Ninguém ganha das bets, elas existem para ganhar em cima do apostador. E uma pessoa que, segundo consta, ganha percentual em cima da perda dos jogadores brasileiros (…) é um problema de saúde pública, saúde mental, e que está destruindo famílias.’
Por fim, Virginia declarou que já não tem mais contrato com a Esportes da Sorte. No entanto, segundo ela, ainda há um contrato em vigor com a Blaze.
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