A Yield Sec, uma empresa de consultoria com sede em Denver, publicou um estudo mostrando que 74% da indústria de jogos de azar nos Estados Unidos ocorre em mercados não regulamentados.
Ao todo, os apostadores norte-americanos perderam US$ 91 bilhões em 2024. Deste total, US$ 67 bilhões foram em mercados não regulamentados.
O estudo considerou cassinos com sorteios e mercados de previsões como apostas ilegais.
Esses mercados se expandiram amplamente e conseguem operar em uma zona legal cinzenta em todos os estados.
O relatório destacou: ‘Para os americanos, marcas de apostas ilegais se tornaram sinônimo de conveniência e preferência, existindo muito antes das opções legais de apostas e jogos online.”
Crescimento acelerado nos jogos de azar
O estudo apontou que houve crescimento expressivo tanto no mercado legal de jogos de azar quanto no não regulamentado.
Somente em 2023, o setor gerou US$ 57,8 bilhões em receita.
- Você também pode gostar de ler: Jogo Responsável: Identifique Sinais de Dependência e Saiba como Evitar
Portanto, o salto para US$ 90,1 bilhões em 2024 representa um aumento de 56% em relação ao ano anterior.
Em 2024, Rhode Island se tornou o estado norte-americano mais recente a legalizar os jogos de azar online.
Sendo assim, isso contribuiu com 36% de crescimento no setor regulamentado.
No entanto, os mercados não regulamentados cresceram ainda mais: cerca de 64%.
Mesmo em estados onde os jogos online são legais, a Yield Sec mostrou que operadores sem licença continuam dominando.
Por exemplo, em Ohio, casas de apostas não regulamentadas geraram US$ 1,5 bilhão em receita.
Ou seja, o montante supera o setor legal, que arrecadou pouco menos de US$ 900 milhões no mesmo período.
Segundo os autores do relatório, essa vantagem se deve ao fato de que sites não regulamentados oferecem melhores odds e promoções mais atraentes.
Na semana passada, Ohio foi um dos estados que emitiu notificações de suspensão para as operadoras Kalshi, Crypto.com e Robinhood.
Legalização amplia o mercado total de jogos de azar
Ao contrário do esperado, a legalização não eliminou os operadores ilegais. O relatório afirmou que o efeito foi o oposto. Os autores citaram dados de Nova Jersey como prova de que a legalização expande significativamente o mercado.
‘A receita per capita de Nova Jersey, de US$ 654, é várias vezes maior do que a da Califórnia, que é de US$ 141, confirmando claramente que a legalização amplia o mercado total. O cassino ilegal em Nova Jersey, com US$ 169 per capita, supera a soma das apostas esportivas e cassinos ilegais da Califórnia.’
Apesar disso, os setores legais costumam arrecadar mais que os ilegais. Em Nova Jersey, por exemplo, os cassinos online legais geraram US$ 2 bilhões, enquanto os não licenciados ficaram em US$ 1,5 bilhão.
O caminho para a regulação do mercado
O relatório encerrou com um apelo para que os reguladores intensifiquem os esforços contra o jogo online ilegal.
‘A legalização estadual, sem um plano para combater os ilegais, se mostrou um desastre absoluto. A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) planeja realizar uma mesa redonda sobre o tema dos mercados de previsões esportivas. A CFTC precisa apoiar ações federais contra mercados de previsões ilegais e contra apostas online ilegais.’
Nesta semana, um juiz de Nevada decidiu a favor da Kalshi, mas a mesa redonda da CFTC está marcada para o dia 30 de abril.
O Cointelegraph é um website de leitura gratuita. Ao adquirir um produto pelos links afiliados no nosso conteúdo, podemos ganhar uma comissão sem custos adicionais para os nossos leitores. O que nos permitirá financiar as nossas operações e continuar com o nosso trabalho de investigação.
Aviso Legal: Em conformidade com a Portaria Normativa SPA/MF nº 615/2024, o uso de criptomoedas para apostas online está proibido em território brasileiro. Embora essa prática ainda seja permitida em outros países, este artigo passou a divulgar exclusivamente sites licenciados no Brasil. Recomendamos que, se estiver no Brasil, utilize apenas métodos de pagamento autorizados e acesse plataformas devidamente reguladas pelas autoridades nacionais.
