Após publicar o relatório final, a CPI de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas deve continuar investigando o resultado de jogos no Brasil.
Conforme a intenção do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pode ser prorrogada por 45 dias.
Antes disso, o prazo final da CPI de manipulação de jogos terminava no dia 15 de fevereiro de 2025. No entanto, o senador Kajuru solicitou o adiamento da investigação por um requerimento protocolado junto à Secretaria-Geral da Mesa do Senado.
Segundo o parlamentar, as duas últimas reuniões sobre o caso não aconteceram por falta de quorum. Sendo assim, o relatório final não teve a apreciação dos senadores nos dias 11 e 12 de fevereiro.
Para seguir com o documento final, era necessário pelo menos seis senadores nas reuniões, entre titulares e suplentes. Mesmo sem quórum, o relator, senador Romário (PL-RJ), apresentou pediu o indiciamento de três pessoas envolvidas em casos de manipulação de resultado de jogos de futebol no Brasil.
CPI indicia três envolvidos com manipulação
A investigação da CPI de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas começou com a suspeita de envolvimento de jogadores com placar esportivo.
Os senadores analisaram o caso do jogador Lucas Paquetá, que enfrenta acusação de sofrer cartões amarelos para beneficiar apostas de parentes e conhecidos.
Dessa forma, o relator decidiu por indiciar o meia Lucas Paquetá e o tio dele. Além deles, também indiciou mais duas pessoas no relatório final da CPI, que investigou 109 partidas de futebol.
As investigações foram iniciadas pelo Ministério Público de Goiás. Como resultado disso, 29 jogadores sofreram processos disciplinares após denúncia encaminhada pela Procuradoria do Supremo Tribunal do Desporto. Ou seja, as punições podem alcançar até 720 dias de suspensão.
Conforme mostra o relatório final, o modus operandi da adulteração dos placares envolvia o aliciamento de jogadores como laterais e goleiros em times pequenos. Especialmente os ameaçados de rebaixamento.
“Os inquéritos e ações penais que a CPI teve acesso mostram que criminosos buscavam principalmente goleiros, zagueiros e laterais para a manipulação de jogos. Times sem chance de subir ou de cair de divisão também são os alvos mais atrativos.”
Inquérito começou em 2024
A instauração da CPI de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas ocorreu em abril de 2024. Ademais de jogadores, a comissão investiga empresas de bets e dirigentes.
Inicialmente, o inquérito deveria ser analisado em 180 dias, com prazo inicial de término programado para outubro de 2024.
Portanto, a CPI de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas deve ser adiada novamente com o pedido do senador Jorge Kajuru.