Bio:
Em suas próprias palavras, um “nerd desde sempre”. Começou a programar em Basic, em um CP 400 Color II, lá por 1985.
É fã de Star Wars, Star Trek e outras séries espaciais e usuário Linux desde 1999. Ex-Presidente da Associação Software Livre Santa Catarina, participou da fundação do Partido Pirata, em 2012, sendo seu primeiro tesoureiro nacional.
Foi Assessor de Informática da Câmara de Vereadores de Florianópolis e assessor direto do Ministro da Ciência e Tecnologia do governo Dilma Roussef (2010-2016), Celso Pansera.
Organizou oito conferências nacionais sobre Bitcoin e administra o maior grupo no Facebook sobre o assunto, com mais de 150 mil membros.
O impacto do Covid-19 no mercado de criptomoedas
Os impactos desta crise global na saúde e na economia são ainda impossíveis de ser medidos, pois não sabemos ainda por quanto tempo as medidas de isolamento perdurarão e qual o tamanho do impacto nas diversas áreas.
Mas certamente serão também sentidos no mercado cripto, talvez mais do que nos demais mercados tradicionais, afinal, antes da pessoa pensar em entrar nesse mundo das criptos, ela tem preocupações mais básicas como seu emprego, seu sustento, de seus familiares, então não acredito que venha a se interessar, nesse período, por criptoativos.
Some-se a isso uma comunicação muito ineficiente das empresas cripto com os potenciais consumidores.
O mercado global de criptomoedas daqui a 10 anos
Somos uma geração privilegiada. Estamos acompanhando em tempo real grandes mudanças na história. Vimos o surgimento da internet e toda as mudanças que ela trouxe. Vimos a
criação dos celulares e como eles colocaram o mundo na palma das mãos das pessoas. E estamos vendo agora a mudança do dinheiro, do papel moeda, para o dinheiro digital.
Em 10 anos essa mudança estará completa e eu acredito que teremos muitas criptomoedas sendo usadas no dia-a-dia. Criptomoedas comunitárias e descentralizadas, criptomoedas estatais, criptomoedas privadas-empresariais. E talvez outras modalidades de dinheiro digital que ainda não imaginamos.
O futuro para as criptomoedas no Brasil?
O Brasil, por ser um grande país, uma grande economia, vai estar acompanhando, fazendo parte, mudando e sendo mudado, impactado por estas grandes transformações que já iniciaram e estão em andamento.
Como no restante do mundo, aqui as criptomoedas também farão parte do dia a dia.
Seu papel na indústria de criptomoedas e blockchain
Desde que assumi a administração do grupo Bitcoin Brasil no Facebook, senti que tinha uma obrigação de colaborar para que as criptomoedas fossem cada vez mais conhecidas e utilizadas.
Para isso acontecer, é preciso termos um ecossistema completo, e por isso começamos a organizar os primeiros espaços, os primeiros encontros, a primeira BITCONF, lá em 2014, para que as pessoas deste meio se encontrassem, se conhecessem e, a partir daí, as iniciativas fossem sendo criadas.
Mas era preciso ir além do nosso restrito mundo cripto, e por isso levei esse debate para outros grandes eventos de tecnologia, como a Campus Party, onde organizei os primeiros debates sobre Bitcoin; no Fórum Internacional do Software Livre, onde fiz a primeira palestra sobre o assunto; no The Developer Conference, onde também sugeri a trilha Blockchain pela primeira vez; na primeira Cryptorave, onde fiz palestra com o Gabriel Rhama.
Enfim, busquei levar o Bitcoin para o mundo mais geral da tecnologia e do software livre. E fico feliz de ter conseguido e de ter influenciado e trazido para este mundo uma referência como Jon Maddog Hall, da Linux International.
Pretendo continuar com esse trabalho de "evangelização", de forma cada vez mais abrangente e profissional.