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| Residência | São Paulo |
| Categoria | Fundador |
| Formação | FFCL |
| Conhecido por | Ser uma das fundadoras da OriginalMy e atual COO da startup |
Bio:
Miriam Tomie Oshiro é graduada em química. Insatisfeita com a rotina de pesquisas em laboratório, graduou-se em engenharia química e fez pós-graduação em engenharia de processos. Atuou por mais de 10 anos no segmento químico e em 2013 migrou para o setor de saúde.
Em 2015, fundou a OriginalMy ao lado de Edilson Osório. Com a empresa, visitou países como Japão, Coréia do Sul, Inglaterra, Finlândia e Estônia.
No Brasil, foi palestrante de diversos eventos de cripto e blockchain, chegando a participar de eventos jurídicos promovidos por seccionais da OAB.
O impacto do Covid-19 no mercado de criptomoedas
O Covid-19 trouxe ao mundo uma situação na qual ninguém estava de fato preparado e todos os mercados sentiram os impactos, seja na redução drástica nas vendas, seja no aumento exponencial na demanda por produtos de higiene... e o mercado de criptomoedas também sentiu a crise vendo os preços derreterem.
Já vimos na crise da Grécia e da Venezuela que as pessoas encontram principalmente no Bitcoin um meio para conseguirem ter alguma reserva de valor frente ao dinheiro super desvalorizado ou, no caso da Grécia, devido ao temor de quebra dos bancos.
Como o mundo caminha para uma grande recessão, acredito que é possível que o Bitcoin seja considerado como opção por quem puder neste momento fazer algum tipo de reserva.
O mercado global de criptomoedas daqui a 10 anos
Depois da pandemia, é muito difícil projetar um cenário não só no mercado de criptomoedas, mas em qualquer outro, pois o mundo não será o mesmo.
A maioria dos países estão tentando encontrar um meio de combater a crise e estruturar a retomada da economia quando o pior tiver passado e acredito que sentiremos os efeitos durante alguns anos.
Um ponto positivo é que a procura por serviços digitais aumentou muito agora que o contato físico e aglomerações estão restritas e neste contexto o blockchain está pronto para suprir as demandas de autenticação de documentos, identidades, assinaturas e todo tipo de comprovação.
Então, acredito que é um momento de grande transformação digital e que pode fazer com que daqui 10 anos seja comum as pessoas terem wallets com criptomoedas de forma tão simples quanto os aplicativos de trocas de mensagens, além de utilizarem soluções baseadas em blockchain sem precisar conhecer ou saber que está sendo usado como trilho.
O futuro para as criptomoedas no Brasil?
No Brasil, ainda temos um longo caminho pela frente. Somos um país sem histórico de educação financeira de base, temos milhares de endividados e enfrentaremos tempos desafiadores nos próximos meses.
Acredito muito na educação como forma de melhorar um país, aqui temos iniciativas incríveis que levam informações de qualidade para as pessoas e assim ao poucos elas vão entendendo que exchange não é carteira, que se perder a chave privada não tem como recuperar, e seu dono é o único responsável por isso - além, claro, de que não se deve colocar todas as economias em criptomoedas.
Parecem informações óbvias mas muitas pessoas ainda não sabem, por isso que são tão importantes as iniciativas que visam levar informações de qualidade para pessoas que acabaram de chegar no mercado cripto.
Seu papel na indústria de criptomoedas e blockchain
Vejo meu papel no mercado de criptomoedas como era meu papel quando trabalhava como engenheira.
A minha função principal era ser a ponte entre a produção e a engenharia, era estar presente no chão de fábrica para entender quais eram os desafios reais e depois levar para a engenharia e desenvolver algo que de fato resolvia um problema.
Um projeto de engenharia lindo que não resolve a vida do operador, não serve para nada.
Minha atuação é muito mais voltada para blockchain do que para criptomoedas diretamente, e neste sentido sempre procuro trazer as aplicações do blockchain para a realidade das pessoas hoje através do que a OriginalMy desenvolveu.
Espero poder continuar contribuindo e desenvolvendo novas soluções para melhorar cada vez mais a vida das pessoas, tanto na vida pessoal quanto dentro das empresas, otimizando processos burocráticos, promovendo o acesso à justiça e mostrando que existe um novo caminho além do que já é conhecido.