Chamados de “altseasons”, os períodos em que outras criptomoedas apresentam alta superior ao Bitcoin são muito aguardados por investidores com maior apetite ao risco. Em 2017 e 2021, por exemplo, os lucros foram expressivos. Mas ainda podemos ter uma “altseason” em 2025?

Após recordes seguidos do Bitcoin desde a eleição de Donald Trump no final de 2024, outras criptomoedas ganharam destaque, como Solana e XRP, consideradas “criptomoedas made in USA”. Além disso, o Bitcoin “estacionado” na faixa dos US$ 86 mil gera questionamentos entre investidores, que aguardam por uma “altseason”.

Aqueles interessados em diversificar seus investimentos e surfar a onda de uma possível “altseason” podem aproveitar ferramentas como a Carteira Recomendada e o Modo Inteligente da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual. Desenvolvida e rebalanceada mensalmente por especialistas, a Carteira Recomendada oferece o investimento automático através do Modo Inteligente, ambos disponíveis no aplicativo da Mynt.

O que é necessário para haver uma “altseason”?

Para que isso aconteça, no entanto, é preciso um alinhamento de fatores macroeconômicos, de acordo com Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, a plataforma cripto do BTG Pactual, e especialista no setor.

“Para que o mercado cripto passe por uma verdadeira altseason, é fundamental que o ambiente macroeconômico favoreça a tomada de risco. Juros baixos e liquidez abundante, como em cenários de expansão monetária e do balanço de ativos dos bancos centrais, incentivam os investidores a alocar capital em ativos de maior potencial de retorno”, disse ele.

Para o especialista, altseasons passadas ocorreram em momentos de mercado diferentes do que vivemos agora.

“Altseasons passadas ocorreram quando o Bitcoin se encontrava em estágios mais avançados do ciclo de alta, negociando próximo de suas máximas históricas. Isso normalmente desperta o chamado ‘efeito riqueza’, em que investidores tendem a buscar retornos mais agressivos, migrando parte dos lucros obtidos em BTC para ativos de maior risco – no caso, as altcoins”, acrescentou.

Outros catalisadores que poderiam ativar uma “altseason” no mercado seriam a aprovação de ETFs de outras criptomoedas para facilitar o investimento institucional e o fluxo constante de inovações tecnológicas e narrativas de crescimento sólido.

“Essa combinação de fatores – Bitcoin forte, ambiente macro favorável, participação ativa do varejo e sinais claros de desenvolvimento de ecossistemas – é o que pavimenta o caminho para uma altseason”, concluiu.

Teremos uma “altseason” em 2025?

Apesar da possibilidade existir, para os especialistas da Mynt, as chances de uma “altseason” ainda são baixas em 2025. João Galhardo, analista de research da Mynt, afirma que “estamos diante de uma mudança profunda no fenômeno de altseason”.

Nesse sentido, investidores interessados em diversificação podem ter mais trabalho ao selecionar seus investimentos. Como parte do time de Research da Mynt, Galhardo e Parizotto atuam no desenvolvimento das carteiras recomendadas da plataforma, as quais oferecem o investimento otimizado através do Modo Inteligente. Com a ferramenta, investidores podem comprar a carteira recomendada mais adequada para o seu perfil de investimento e ela será rebalanceada mensalmente pelos especialistas da plataforma.

“Com o aumento de investidores sofisticados, altcoins não sobem mais em bloco, tornando-se seletivas e individuais, embora ainda correlacionadas ao Bitcoin. O varejo tradicional perdeu força, direcionando capital em massa para memecoins, evidenciado pelo sucesso de plataformas como a Pump.Fun, que já arrecadou mais de US$ 470 milhões em taxas”, justificou Galhardo.

“Agora, há uma divisão clara: o varejo desinformado buscará ganhos ilusórios em memecoins, enquanto investidores inteligentes apostarão em ativos com fundamentos sólidos – protocolos DeFi com receitas, tokens com incentivos reais ou blockchains com bons retornos via staking. A era dos ganhos fáceis com altcoins acabou. É tempo de seleção natural: qualidade e fundamentos decidirão vencedores", acrescentou.

A demanda institucional pode ser o fator principal aumentando a força do Bitcoin frente às outras criptomoedas em 2025. Com a aprovação de ETFs de Bitcoin à vista e a eleição de Donald Trump em 2024, o apetite institucional pelas criptomoedas virou o destaque do setor – e as grandes empresas ainda preferem a primeira e maior criptomoeda do mundo.

“Nos últimos oito anos de mercado, pedimos por investidores institucionais. E eles chegaram com uma demanda muito grande por Bitcoin, por isso vamos ver o Bitcoin tendo uma performance superior aos outros ativos do mercado enquanto isso acontecer”, disse Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual durante o programa Morning Call Crypto, transmitido ao vivo pela Mynt no YouTube todas as terças e quintas-feiras às 9h.

“Podemos ter uma melhora para as altcoins devido à liquidez e aos cortes na taxa de juros dos EUA, mas é bom dosar as expectativas para não trazer uma noção de que teremos uma ‘altseason’ como aconteceu em 2017 e 2021. São coisas completamente diferentes. Na minha opinião, apenas uma pequena seleção de ativos deve ter uma boa performance”, acrescentou.

Enquanto buscam por ferramentas para identificar qual será a pequena seleção de ativos que pode ter uma boa performance em 2025, os investidores podem seguir as recomendações do BTG através do Modo Inteligente nas Carteiras Recomendadas da plataforma. De acordo com os especialistas da Mynt, as criptomoedas passam por um processo rigoroso de avaliação antes de entrar na Carteira Recomendada. Em novembro de 2024, a recomendação para perfil moderado chegou a ultrapassar a performance do S&P 500, CDI, Ibov, dólar e o ouro.