O fornecedor de energia da Venezuela fechou instalações de mineração de cripto em todo o país como parte de uma reorganização do departamento nacional de cripto, e investigações de corrupção em andamento envolvendo a empresa de petróleo do país.

De acordo com relatos da mídia local, empresas de mineração de criptomoedas e publicações no Twitter da Associação Nacional de Criptomoedas da Venezuela, as instalações de mineração foram fechadas nos últimos dias nos estados de Lara, Carabobo e Bolívar. Não está claro quantas empresas de criptomoedas foram afetadas. Algumas exchanges de criptomoedas também receberam ordens de interromper as operações.

Acredita-se que o fechamento das instalações de mineração de criptomoedas seja parte de uma investigação de corrupção em andamento envolvendo a petrolífera venezuelana PDVSA e o departamento de cripto do país.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, divulgou, em 25 de março, que funcionários do governo estavam supostamente conduzindo operações paralelas de petróleo com a ajuda do departamento nacional de criptografia. Saab observou no Twitter:

“Essa rede usou um conglomerado de empresas comerciais para legitimar o capital obtido com as vendas por meio da aquisição de criptoativos, pessoal e imóveis.”

De acordo com a Saab, pelo menos 10 pessoas foram presas em conexão com as investigações, incluindo Joselit Ramirez Camacho, que liderou o departamento de cripto desde a sua criação, em 2018, supervisionando as regras fiscais de cripto e a criptomoeda do país, a Petro. De acordo com relatos anteriores, Camacho foi preso em 17 de março durante a investigação.

Desde junho de 2020, Camacho está na lista dos mais procurados dos Estados Unidos. Na época, a Agência de Segurança Nacional do país emitiu uma recompensa de até US$ 5 milhões por qualquer informação que levasse à captura do supervisor da Petro. As autoridades alegaram que Ramirez tinha “profundas ligações políticas, sociais e econômicas” com supostos chefes do narcotráfico, incluindo Tareck El Aissami, ex-vice-presidente da Venezuela.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a reorganização da Superintendência Nacional de Criptoativos em um decreto emitido em 17 de março. O governo de Maduro alegou que a decisão visava proteger os cidadãos do país dos efeitos negativos das sanções econômicas, entre outros motivos.

Leia mais: