O fornecedor de energia da Venezuela fechou instalações de mineração de cripto em todo o país como parte de uma reorganização do departamento nacional de cripto, e investigações de corrupção em andamento envolvendo a empresa de petróleo do país.
De acordo com relatos da mídia local, empresas de mineração de criptomoedas e publicações no Twitter da Associação Nacional de Criptomoedas da Venezuela, as instalações de mineração foram fechadas nos últimos dias nos estados de Lara, Carabobo e Bolívar. Não está claro quantas empresas de criptomoedas foram afetadas. Algumas exchanges de criptomoedas também receberam ordens de interromper as operações.
#ULTIMAHORA se confirma que fue solicitado el apagado de las granjas de mineria digital en el Estado Bolívar. Consideramos esta un medida arbitraria, qué va en contra de los intereses de la industria privada.
— Asonacrip (Asociación Nacional de Criptomonedas) (@AsonacripVe) March 25, 2023
Acredita-se que o fechamento das instalações de mineração de criptomoedas seja parte de uma investigação de corrupção em andamento envolvendo a petrolífera venezuelana PDVSA e o departamento de cripto do país.
Comunicado relacionado a los recientes cortes de servicio eléctrico experimentados en todas las infraestructuras de hashrate del país
— Doctorminer® (@doctorminer_) March 24, 2023
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Announcement related to the recent power cuts in all Venezuelan hashrate infrastructures. pic.twitter.com/V4IRlLUL0r
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, divulgou, em 25 de março, que funcionários do governo estavam supostamente conduzindo operações paralelas de petróleo com a ajuda do departamento nacional de criptografia. Saab observou no Twitter:
“Essa rede usou um conglomerado de empresas comerciais para legitimar o capital obtido com as vendas por meio da aquisição de criptoativos, pessoal e imóveis.”
De acordo com a Saab, pelo menos 10 pessoas foram presas em conexão com as investigações, incluindo Joselit Ramirez Camacho, que liderou o departamento de cripto desde a sua criação, em 2018, supervisionando as regras fiscais de cripto e a criptomoeda do país, a Petro. De acordo com relatos anteriores, Camacho foi preso em 17 de março durante a investigação.
Tarek William Saab: El primer caso que queremos exponer se refiere a una nueva trama de corrupción en Pdvsa, la número 31, que incluye esta vez a la Superintendencia Nacional de Criptoactivos (Sunacrip)
— Ministerio Público venezolano (@MinpublicoVEN) March 25, 2023
Desde junho de 2020, Camacho está na lista dos mais procurados dos Estados Unidos. Na época, a Agência de Segurança Nacional do país emitiu uma recompensa de até US$ 5 milhões por qualquer informação que levasse à captura do supervisor da Petro. As autoridades alegaram que Ramirez tinha “profundas ligações políticas, sociais e econômicas” com supostos chefes do narcotráfico, incluindo Tareck El Aissami, ex-vice-presidente da Venezuela.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a reorganização da Superintendência Nacional de Criptoativos em um decreto emitido em 17 de março. O governo de Maduro alegou que a decisão visava proteger os cidadãos do país dos efeitos negativos das sanções econômicas, entre outros motivos.
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