A Nebula Genomics e a Longenisis, duas empresas líderes em inteligência artificial e tecnologia de blockchain para saúde, estão desenvolvendo uma plataforma para armazenamento e troca de dados genômicos, de acordo com o anúncio de 15 de maio. De acordo com o comunicado de imprensa, eles também tem um objetivo de estabelecer um novo campo de pesquisa, “economia de dados de vida”.

A Nebula Genomics é uma empresa de biotecnologia com sede em San Francisco que usa blockchain para “construir um mercado” para dados clínicos. A Longenesis, baseada em Hong Kong, é uma parceria entre a Insilico Medicine e o Grupo Bitfury, que faz plataformas blockchain para troca de dados de saúde.

Alegadamente, as empresas vão aplicar inteligência artificial e tecnologia de blockchain para desenvolver uma plataforma para indivíduos e grandes provedores de dados para armazenar, gerenciar, trocar e lucrar de dados genômicos e outros tipos de dados clínicos. Para automatizar a aquisição de dados, o projeto utilizará contratos inteligentes. O professor George Church, co-fundador da Nebula Genomics, disse:

"Permitindo que indivíduos e grandes provedores de dados, como biobancos, mantenham os direitos de propriedade de seus dados genômicos em nossa plataforma e lucrem com ela, a Nebula Genomics busca incentivar o acúmulo de dados genômicos. Fazendo isso, coletamos os dados em uma única rede, onde eles podem ser acessados de forma conveniente e segura por pesquisadores. Em outras palavras, vamos criar um mercado que criará uma economia equitativa e eficiente para os dados genômicos ".

A Longenesis está desenvolvendo uma plataforma baseada em blockchain para armazenar e trocar dados relacionados à saúde, como resultados de testes de laboratório. “A Longenesis construiu uma plataforma parecida que, ao invés disso, foca em dados longitudinais de saúde, então nossas plataformas se complementam muito bem”, disse Church.

A Nebula Genomics e Longenesis dizem que o trabalho deles vai estabelecer dois novos campos. A primeira, “microdataeconomia”, é “o estudo do valor dos dados de vida que é usado para a descoberta de medicamentos, como proteômica ou dados sobre a estrutura e atividade de moléculas específicas, tanto in vitro quanto in vivo”. A segunda, “macrodataeconomia”, é “o estudo do valor dos dados de vida que é usado para determinar a saúde humana, como registros eletrônicos de saúde e genômica”.

No início deste mês, um mercado de pesquisa em ciência da vida com sede nos EUA, o Scientist.com, revelou uma nova plataforma blockchain chamada DataSmart. A plataforma que funciona através de blockchain foi projetada para rastrear e proteger dados farmacêuticos.

Em abril, o gigante na área da saúde, UnitedHealth Group dos EUA, anunciou uma implantação de blockchain para manter os registros atualizados. A iniciativa visa estudar “como   o compartilhamento de dados entre organizações de saúde com a tecnologia blockchain pode melhorar a precisão dos dados, agilizar a administração e melhorar o acesso aos cuidados”.