A empresa de investimentos Trend Research, sediada em Hong Kong, continuou acumulando Ether mesmo enquanto um dos maiores detentores corporativos de ETH espera uma forte correção no primeiro trimestre de 2026.
A Trend Research adquiriu US$ 35 milhões em Ether (ETH), elevando suas participações para mais de 601.000 ETH, avaliados em cerca de US$ 1,83 bilhão, segundo a plataforma de dados on-chain Lookonchain.
A empresa tomou emprestado um total de US$ 958 milhões em stablecoins do protocolo de empréstimos descentralizados Aave, com um preço médio de compra de cerca de US$ 3.265 por ETH, escreveu a Lookonchain em uma publicação no X na segunda-feira.
O fundador da Trend, Jack Yi, disse estar “otimista” em relação às criptomoedas no primeiro semestre de 2026 e prometeu continuar comprando Ether “até que o mercado de alta chegue”, com “posição máxima em ETH” e uma posição “pesada” no token World Liberty Financial (WLFI), ligado à família Trump.
Ele acrescentou que “2026 também será um ambiente com fatores positivos abrangentes, como finanças on-chain, stablecoins, ciclos de cortes de juros e políticas cripto”.
Enquanto a BitMine Immersion Technologies, maior detentora corporativa de Ether, adota a estratégia de preço médio em dólar, a Trend Research afirmou que continuará adquirindo Ether independentemente das “oscilações de algumas centenas de dólares”.
A Trend Research é a terceira maior detentora de Ether, atrás da BitMine e da SharpLink Gaming, mas, por ser uma empresa não listada, não aparece na maioria dos sites de rastreamento, incluindo o StrategicEthReserve.
A Trend Research adquiriu outros 16.078 Ether, no valor de US$ 48 milhões, na segunda-feira, superando 607.828 ETH em participações totais, segundo a plataforma de dados on-chain Arkham.
FundStrat aponta fundo do ETH em US$ 1.800, enquanto “smart money” aposta na queda do preço
A visão otimista de Yi contrasta com as análises da Fundstrat Global Advisors, que previu que o Ether cairá para um fundo local em torno de US$ 1.800 no primeiro trimestre de 2026.
Em 21 de dezembro, circularam capturas de tela de uma nota interna de pesquisa do cofundador e sócio-gerente da Fundstrat, Tom Lee, que previu uma “correção significativa” para o primeiro semestre do próximo ano:
“Meu cenário base é uma correção relevante no 1º semestre de 2026, com o BTC caindo para US$ 60 mil–US$ 65 mil, o ETH para US$ 1.800–US$ 2.000 e o SOL para US$ 50–US$ 75. Esses níveis apresentariam oportunidades atraentes até o fim do ano.”
A mesma nota sugeriu que o mercado poderia formar um “fundo durável” no primeiro ou no terceiro trimestre antes de se recuperar até o fim do ano, resultando em um mercado de baixa mais superficial do que em ciclos anteriores.
A previsão negativa surpreendeu investidores, considerando que Lee também é presidente da BitMine, a maior detentora corporativa de Ether, com cerca de US$ 12,3 bilhões em participações em ETH.
Enquanto isso, os traders mais bem-sucedidos do setor em termos de retorno, acompanhados como “smart money” na plataforma de inteligência on-chain Nansen, também continuaram apostando na queda de curto prazo do preço do Ether.
Os traders smart money estavam líquidos vendidos em Ether no valor acumulado de US$ 117 milhões, mas adicionaram US$ 15 milhões em posições compradas nas últimas 24 horas, sinalizando uma leve recuperação do apetite ao risco desse grupo-chave, segundo dados da Nansen.
