Uma pesquisa da empresa de pagamentos digitais Block Inc. descobriu que quanto mais alto os entrevistados avaliaram seu próprio nível de conhecimento sobre criptomoedas, mais otimistas eles estão sobre o futuro do Bitcoin (BTC).

Block pesquisou mais de 9.500 pessoas das regiões das Américas (2.375), EMEA (Europa, Oriente Médio e África) (4.360) e APAC (Ásia-Pacífico) (2.860) em janeiro, garantindo a inclusão de 100 proprietários de Bitcoin em cada região para seu Relatório de Conhecimento e Percepções de Bitcoin de 2022.

A pesquisa, divulgada na terça-feira, mostra uma correlação entre otimismo e a probabilidade de compra, e comparou o resultado com o nível de conhecimento autoidentificado do entrevistado.

Daqueles que se identificaram como tendo conhecimento razoável de cripto, 41% dizem que são “muito propensos” a comprar Bitcoin nos próximos 12 meses, em comparação com apenas 7,9% daqueles com “limitado a nenhum conhecimento”.

Apesar de indivíduos de renda mais alta terem um pouco mais de otimismo em relação ao futuro do Bitcoin do que indivíduos de baixa renda, os países de renda mais baixa da Nigéria, Índia, Vietnã e Argentina relataram as maiores taxas de otimismo e os níveis mais altos de conhecimento sobre criptomoedas.

Educação e promoção parecem ser a chave para a adoção como o maior motivo, conforme citado por 51% dos entrevistados que disseram que não compraram Bitcoin por falta de conhecimento. O segundo motivo mais citado foi o risco potencial de roubo (32%) e a percepção de que o BTC tinha muita volatilidade de preços (30%) ficou em terceiro lugar.

As nações de baixa renda veem a utilidade

O relatório detalha que indivíduos de baixa renda realmente usam o Bitcoin na prática, com mais de 40% respondendo que é mais provável que o comprem como uma maneira fácil de enviar dinheiro ou comprar mercadorias.

Em comparação, as pessoas de renda mais alta costumam considerar o Bitcoin uma maneira de ganhar dinheiro (50%) ou diversificar um portfólio de investimentos (30%). No entanto, cerca do mesmo valor (39%) indicou que comprar bens também era um motivo para comprar.

Os entrevistados de países que relataram um nível mais alto de renda de remessas e produto interno bruto (PIB) per capita mais baixo eram mais propensos a citar uma compra de Bitcoin como uma boa maneira de enviar dinheiro ou comprar mercadorias.

A Block também relatou uma forte correlação entre países com altas taxas de inflação para aqueles que responderam que o Bitcoin era uma “proteção contra a inflação”, com 45% dos entrevistados argentinos usando o Bitcoin dessa maneira – a porcentagem mais alta de qualquer país.

Conforme relatado anteriormente pelo Cointelegraph, a adoção de criptomoedas na Argentina é o dobro da taxa de outros países da região, com muitos recorrendo ao Bitcoin tentando se proteger contra uma taxa de inflação de quase 60%.

No geral e em todas as regiões, o Bitcoin foi a criptomoeda que os entrevistados mais conheciam, com 88% dizendo que já ouviram falar dela, o que é o dobro dos 43% que dizem ter ouvido falar de Ether (ETH).

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