A Tether, emissora da maior stablecoin do mundo, USDT, optou por não lançar sua própria blockchain, citando a saturação do mercado e preocupações estratégicas.

De acordo com uma entrevista à Bloomberg News, o CEO da empresa, Paolo Ardoino, explicou que essa posição vem da análise do espaço blockchain e de um mercado saturado.

Ardoino afirmou que a empresa lançar uma blockchain pode não ser a "melhor decisão", já que "blockchains muito boas" já estão disponíveis para o público.

Saturação do mercado

Na entrevista, Ardoino observou que as blockchains estão se tornando cada vez mais padronizadas, com muitas oferecendo funcionalidades semelhantes aos usuários.

Dessa forma, ele explicou que a empresa está satisfeita em permanecer "agnóstica" em relação às blockchains, desde que a negociação do USDT (USDT) mantenha a sustentabilidade e a máxima segurança, utilizando as blockchains como "camadas de transporte".

Em uma entrevista no YouTube com Unlock Blockchain, Ardoino explicou que a Tether é “um produto adequado ao mercado”.

“Nós criamos todo o mercado de stablecoins em 2014. Não havia stablecoin antes de nós."

Expansão da Tether para Aptos

Em 19 de agosto, a Tether lançou o USDT na blockchain Aptos para reduzir os custos de transação e melhorar a acessibilidade global à moeda digital.

Com a nova integração, a empresa pretende aproveitar a velocidade e a escalabilidade da Aptos para oferecer aos usuários taxas de gás que custam “apenas uma fração de centavo”.

O anúncio da Tether segue o crescimento significativo da blockchain Aptos, que registrou um recorde de 157 milhões de transações em um único dia em maio.

Lançamento de stablecoin em dirham

Em 21 de agosto, a Tether fez parceria com o Phoenix Group dos Emirados Árabes Unidos e a Green Acorn Investments para lançar uma stablecoin lastreada em dirham.

A nova stablecoin visa representar digitalmente a moeda dirham, “totalmente lastreada em reservas líquidas baseadas nos Emirados Árabes Unidos”, aderindo aos “padrões transparentes e robustos” da Tether.

Essa expansão no mercado dos Emirados Árabes Unidos deve oferecer aos usuários um método econômico para acessar “os benefícios do AED”.