A Shiba Inu lançou a rede principal da Shibarium, uma solução de escalabilidade de camada 2 (L2) baseada na Ethereum, em 16 de agosto. Foram meses de testes que contaram com a participação maciça de usuários e a criação de 21 milhões de carteiras.

A Shibarium foi criada com base em um novo mecanismo de consenso chamado prova de participação (PoP), que funciona selecionando validadores proporcionalmente à quantidade de participações da criptomoeda correspondente. Isso é feito para evitar o alto custo computacional e energético do mecanismo de prova de trabalho. A nova solução de blockchain L2 foi projetada para interagir com a blockchain da Ethereum, apresentando-se como uma plataforma de transações mais escalável e econômica.

A Shiba Inu (SHIB) ganhou popularidade durante o mercado de alta de 2020-2021, chegando a ultrapassar brevemente o tradicional cripto meme da velha guarda, Dogecoin (DOGE), em capitalização total de mercado. No entanto, não conseguiu manter seus ganhos por muito tempo e perdeu mais de 80% de seu valor durante o mercado de baixa que veio a seguir.

A queda do preço não deteve a comunidade Shiba Inu, que construiu um ecossistema descentralizado em torno da criptomoeda, incluindo uma exchange descentralizada, a ShibaSwap, que tem o BONE como token nativo, juntamente com um metaverso e um jogo Web3. O preço do SHIB atingiu uma nova máxima de várias semanas em antecipação ao lançamento da Shibarium.

Antes do lançamento da rede principal, o principal desenvolvedor da Shiba Inu, que atende pelo pseudônimo de Shytoshi Kusama, observou que a L2 já ganhou muita força com novos projetos. Em uma postagem no X (anteriormente conhecido como Twitter), o desenvolvedor compartilhou uma captura de tela das empresas que estão desenvolvendo aplicações no Shibarium. Segundo ele, mais de 100 empresas já adotaram a nova solução de camada 2 da Ethereum.

Desenvolvedores na #Shibarium

Muitos projetos já foram desenvolvidos! #SummerOfShibarium

— KUROSHIBARMY JPN (@kuro_9696_9696)

Em uma conversa exclusiva com o Cointelegraph, Kusama observou que muitas pessoas no mundo da tecnologia estão falando sobre um "aplicativo completo", mas essas inovações devem ser implementadas a partir de uma perspectiva de comunidade e descentralização. Ele acrescentou que a Shibarium incorpora esses dois princípios em suas operações, ao mesmo tempo em que honra "os princípios de descentralização, interoperabilidade e design centrado no usuário, tanto para a blockchain quanto para o setor de tecnologia em geral."

Kusama elaborou ainda mais sua opinião e disse que os aspectos de validação e delegação da nova L2 manterão a Shibarium descentralizada, mas que a verdadeira inovação está na estrutura, na governança e no estatuto de governo da tecnologia, da comunidade, da segurança, e dos aspectos inovadores do ecossistema.

"Ao usar a Shibarium para a governança desse sistema, juntamente com a identidade soberana, para garantir uma associação de qualidade (Shibizenship), o metaverso como nosso território e a capacidade de fazer parcerias com outros estados que pensam da mesma forma, nós efetivamente destruímos o conceito de nacionalidade e o reconstruímos com base no ethos Shib de descentralização!"

A Shibarium usará o validador Heimdall e os nós de produção de blocos Bor, bastante semelhantes à infraestrutura utilizada no ecossistema da Polygon. O Heimdall será baseado no mecanismo de consenso Tendermint, enquanto o Bor será totalmente interoperável com a Ethereum Virtual Machine.

Os usuários devem bloquear 10.000 BONE na rede Shibarium para se tornarem validadores da nova L2. Vinte e um milhões de BONE serão reservados como recompensas para validadores e delegadores dentro do ecossistema da Shibarium e usados para pagar taxas de gás autorizadas.

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