De acordo com John Ameriks, chefe global de ações quantitativas da gestora de ativos Vanguard, o Bitcoin é um ativo puramente especulativo e se assemelha a um brinquedo colecionável.
“Para mim, é difícil pensar no Bitcoin como algo além de um Labubu digital”, disse Ameriks na conferência ETFs in Depth da Bloomberg, na cidade de Nova York.
Labulus são brinquedos de pelúcia colecionáveis com animais de características antropomórficas. Apesar das críticas de Ameriks, ele afirmou que o Bitcoin (BTC) pode ter valor além da especulação financeira no futuro, sob certas circunstâncias.
A criptomoeda pode encontrar aplicações práticas além da especulação de mercado em cenários de alta inflação da moeda fiduciária ou instabilidade política, disse Ameriks. Essas forças impulsionam a adoção de moedas alternativas.
Os comentários surgiram após o anúncio da Vanguard em dezembro, permitindo que seus clientes negociassem fundos de criptomoedas pela primeira vez, e destacam as dúvidas de analistas e executivos do setor financeiro tradicional sobre o Bitcoin, mesmo com seu preço oscilando acima de US$ 90.000 e 16 anos de funcionamento da rede.
Vanguard finalmente dá o salto para as criptomoedas
A Vanguard foi a última das três principais empresas de gestão de ativos, juntamente com a BlackRock e a State Street, a permitir que os clientes mantivessem veículos de investimento em criptomoedas.
“Permitimos que as pessoas mantenham e comprem esses ETFs em nossa plataforma, se assim desejarem, mas o fazem a seu critério”, disse Ameriks , acrescentando que a Vanguard não oferecerá aos investidores “aconselhamento sobre se devem comprar ou vender, ou quais criptomoedas devem manter”.
A mudança na política oferece aos mais de 50 milhões de clientes da Vanguard exposição aos mercados de criptomoedas e cria mais uma ponte entre as finanças tradicionais e os ativos digitais, canalizando dinheiro para as redes criptográficas. Os novos aportes de capital dos clientes da Vanguard podem impulsionar os preços das criptomoedas atreladas a fundos negociados em bolsa (ETFs).
