O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, disse que “o Bitcoin é realmente controlado pela China”, falando na conferência Stifel Cross Sector Insight Conference 2018, em Boston, informou o jornal TheStreet.com em 12 de junho.

Em uma entrevista recente junto ao Stifel Tech Analyst Lee Simpson, Garlinghouse aprofundou vários tópicos relacionados à tecnologia blockchain e ao mundo da cripto, e afirmou que o BTC está sob o controle da China, dizendo:

"Vou contar uma outra história que não é noticiada, mas vale a pena prestar atenção. O Bitcoin é realmente controlado pela China. Existem quatro mineradoras na China que controlam mais de 50% do Bitcoin. Como sabemos que a China não intervirá? Quantos países querem usar uma moeda controlada pela China? Só não vai acontecer".

Garlinghouse também compartilhou sua opinião sobre a tecnologia subjacente de BTC e XRP, blockchain, argumentando que "não vai disromper os bancos", embora "ela desempenhe um papel importante na maneira como o sistema funciona", no entanto, "é uma visão míope".

Falando sobre o XRP da Ripple, ele o descreveu como "o melhor ativo digital para liquidação". Garlinghouse disse que "o Bitcoin hoje leva 45 minutos para confirmar uma transação", enquanto o XRP leva quatro segundos para ser liquidado, afirmou.

Em fevereiro, a plataforma de negociação BitMex divulgou um relatório sobre a Ripple e seu token XRP, descobrindo que a estrutura do protocolo de consenso da Ripple sugere uma estrutura mais centralizada em sua moeda.

De acordo com o relatório, a equipe de pesquisa da BitMex realizou um teste interno com a tecnologia da Ripple. A equipe instalou e executou uma cópia do Rippled, o nó operado com o download de cinco chaves públicas do servidor do Ripple, todas atribuídas ao Ripple.com. Quatro das cinco chaves foram supostamente necessárias para apoiar uma proposta para que ela seja aceita. “Como todas as chaves foram baixadas do servidor Ripple.com”, diz o relatório, “a Ripple está essencialmente no controle total de mover o livro-razão para a frente, portanto, pode-se dizer que o sistema está centralizado”.

Um novo estudo da equipe da Universidade do Texas, divulgado hoje, sugere que metade do aumento do preço do BTC em dezembro do ano passado foi explicitamente devido ao Tether e ao emissor Bitfinex. O artigo descreve os padrões de transação, que mostram que o Tether foi "usado para fornecer suporte de preço e manipular os preços de criptomoedas". Afirma-se que as compras com o Tether foram "cronometradas após desacelerações do mercado e resultaram em aumentos consideráveis nos preços do Bitcoin".