Em parceria com o Facebook, a Reuters estabeleceu uma nova unidade encarregada de identificar desinformação nas mídias sociais.

Como a Reuters divulgou em 12 de fevereiro, o Facebook e a Reuters lançaram um programa de Fact-Checking (verificação de fatos) em uma tentativa de identificar informações erradas nas mídias sociais. Especificamente, a Reuters verificará as informações postadas no Facebook e no Instagram, antes e depois das eleições nos Estados Unidos.

Verificar informações geradas pelo usuário

A unidade dedicada da Reuters avaliará a autenticidade dos arquivos de mídia gerados pelos usuários, títulos e outros conteúdos em inglês e espanhol. Comentando a iniciativa, Jess April, diretora de parcerias globais da Reuters, disse:

“Estamos reconhecendo firmemente a magnitude da desinformação que ocorre em todo o mundo. É uma questão crescente que afeta a sociedade diariamente e é responsabilidade das organizações e plataformas de notícias impedir a propagação de fake news - notícias falsas."

A iniciativa foi anunciada logo após a aprovação da Reuters pela Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN) em 7 de fevereiro. Embora a Reuters seja uma organização de notícias bem estabelecida que já havia produzido verificações de fatos, ainda não produziu regularmente, por um período prolongado, escreveu Michael Wagner, avaliador da IFCN, nas conclusões e recomendações.

"É o caso da política de atividades políticas e comunitárias da Reuters não estar em conformidade com os padrões da IFCN, mas deve-se notar que a política deles é realista e razoável", concluiu Wagner.

Dramas das eleições nos EUA

Não é surpresa que o Facebook tenha decidido realizar uma verificação de fatos das informações postadas pelos usuários, considerando que, no ano passado, o Facebook se viu na mira do furor regulatório quando a Cambridge Analytica coletou dados de usuários do Facebook sem permissão, aproximadamente 50 milhões de pessoas, para direcioná-los com anúncios personalizados durante as eleições presidenciais de 2014 nos EUA.

Enquanto isso, a comunidade de criptomoedas e blockchain perdeu um aliado no cenário político americano, Andrew Yang. Yang, um empresário e candidato democrata nas eleições presidenciais dos EUA em 2020, suspendeu sua campanha para presidente na noite passada. Yang disse aos apoiadores:

“Embora haja muito trabalho a ser feito, eu sou o cara da matemática, e está claro hoje a noite, pelos números, que não vamos vencer esta corrida [...] eu não sou alguém que quer aceitar doações e apoio em uma corrida que não venceremos. E hoje a noite estou anunciando que estou suspendendo minha campanha para presidente.”