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Rafael FerreiraRafael Ferreira

Dados recentes do BitInfoCharts mostram que mais de 60% dos Bitcoins existentes não se moveram no último ano

Dados de relatório do BitInfoCharts revelaram que grande maioria do total de BTCs ficou na mesma carteira desde maio de 2018.

Dados recentes do BitInfoCharts mostram que mais de 60% dos Bitcoins existentes não se moveram no último ano
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A análise dos dados do BitInfoCharts e do recurso de monitoramento de transações de mídia social Whale Alerts revelou nesta semana que a grande maioria do total de Bitcoins disponível permanece na mesma carteira desde maio de 2018.

Apesar da recente disparada de preço do Bitcoin, com a paridade BTC/USD saltando de US$ 4.000 para mais de US$ 8.300, os HODLers (termo utilizado para designar quem não vende seus Bitcoins) ainda estão acumulando - e por enquanto mantêm suas moedas estáticas.

De acordo com a BitInfoCharts, cerca de 10,5 milhões de BTC não deixaram as carteiras desde 5 de maio de 2018. O valor é pouco mais que o dobro dos 5,28 milhões de BTC de 5 de janeiro de 2017, antes da alta do Bitcoin atingir os atuais US$ 20.000.

O Bitcoin possui uma taxa de inflação decrescente, que cai pela metade a cada quatro anos. Esta característica faz com que o ativo tenha um valor total fixo de unidades a serem geradas - o que o torna um ativo deflacionário. Hoje, aproximadamente 17,7 milhões de Bitcoins do total de 21 milhões já foram produzidos.

No entanto, como a Cointelegraph relatou na semana passada, os mercados registraram novos recordes de volume de negócios diários para o Bitcoin, com dois recordes de todos os tempos e preço do BTC passando de US$ 8 mil. De acordo com a Whale Alerts, em 19 de maio, um total de 10.500 BTCs se moveram entre carteiras em três transações separadas, com um valor total combinado de US$ 83,4 milhões.

A tendência continuou na segunda-feira, com mais três transações em rápida sucessão transferindo mais de 16.000 BTC (US$ 127,3 milhões).

Além das baleias (termo utilizado para designar grandes players do mercado), os analistas ainda tentam aceitar o inexplicável entusiasmo que alimentou o crescimento do Bitcoin por quase dois meses.

Republicando um novo gráfico de duas fontes do setor em 16 de maio, o empreendedor Tuur Demeester disse no Twitter que a queda da recompensa do bloco de mineração do Bitcoin em maio de 2020 para a metade poderia estar influenciando os mercados com antecedência.

Seguindo uma tese confirmada por pesquisas anteriores, Demeester concordou que a corrida de fim de abril a maio constituiu uma fase de expansão que depois daria lugar a um breve período de acumulação. Um mercado de alta "real" então assumiria o comando - espelhando três ciclos anteriores nos quais o preço do Bitcoin se comportava de forma idêntica.

No momento desta publicação, o preço do bitcoin é de US$ 7933.05 e começou a desafiar US$ 8.000 novamente depois de flutuar em torno da barreira nas últimas 48 horas.