A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta terça-feira, 27/05/2025, em R$ 626.102,51. Os touros estão animados e em busca de uma nova máxima histórica acima de US$ 112 mil ainda hoje.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos iniciam o dia em leve queda diante das persistentes incertezas fiscais nos EUA. Apesar do adiamento das tarifas americanas sobre produtos da União Europeia para 9 de julho, continuam as preocupações com o aumento da dívida pública e com propostas de cortes de impostos, o que tem gerado volatilidade nos mercados globais e pressionado o dólar, que segue em tendência de baixa, caminhando para a quinta queda mensal consecutiva.

“Por outro lado, os futuros dos principais índices americanos registram alta com a expectativa pelos resultados da Nvidia, previstos para quarta-feira. Já o Bitcoin manteve-se estável, sendo negociado a US$ 108.588, em leve queda de 0,83%, refletindo a postura cautelosa dos investidores diante das incertezas fiscais e comerciais. A tendência no curto prazo segue neutra, mas a concretização de medidas relacionadas às políticas fiscais e comerciais pode gerar volatilidade adicional nos mercados de criptomoedas”, disse.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que a manutenção dos US$ 109 mil é vista como positiva, já que mostra um amadurecimento do mercado em não se assustar, com grande intensidade, com as falas de Trump.

“A gente fica de olho agora na demanda. Se ela se mantiver alta, é possível que o BTC busque novas máximas. E um bom caminho para isso são os ETFs, que estão próximos dos US$ 6 bilhões em fluxo positivo de capital só este mês. Este nível não era visto desde novembro de 2024. Ou seja, há uma grande confiança do mercado tradicional e institucional, em relação ao desempenho da criptomoeda”, disse.

No entanto, segundo ele, ainda é preciso ficar alerta. Foram sete semanas consecutivas de ganhos, somando mais de 42% de alta. A correção de quase 4% na sexta não dá para cravar que foi uma realização de lucros robusta.

“Assim, uma pressão vendedora mais forte no curto prazo ainda é uma possibilidade real”, afirma.

Já Israel Buzaym, Country Manager da Bybit, destaca que essa semana é decisiva: dados macro dos EUA, especialmente o PCE, podem ditar o tom do mercado.

“Se vierem fracos, reforçam a tese de corte de juros, o que seria combustível puro para Bitcoin, Ethereum e o mercado como um todo. Se vierem fortes, o mercado vai precisar corrigir expectativas e aí veremos quem realmente acredita no ciclo de alta”, afirmou

Bitcoin análise técnica

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que o BTC está subindo de forma constante dentro de uma cunha ascendente, rebatendo o suporte com repetidas zonas de consolidação formando padrões triangulares.

“A estrutura indica continuação em direção à resistência superior perto de US$ 116 mil. Manter-se acima de US$ 108 mil mantém os touros no controle. O BTC está de olho em um rompimento em direção à zona-alvo destacada acima de US$ 115 mil”, disse.

Guilherme Prado, country manager da Bitget, destaca que a disparada do Bitcoin acima de US$ 110.000 destaca seu papel crescente como proteção contra a volatilidade do mercado de títulos, com a alta nos rendimentos dos Treasuries dos EUA alimentando preocupações dos investidores sobre a estabilidade econômica mais ampla. Embora essa valorização reflita uma forte demanda institucional — impulsionada em parte pelos fluxos para ETFs —, sua sustentabilidade ainda é incerta, já que condições de liquidez mais apertadas podem pesar sobre os ativos de risco.

“Olhando para frente, as projeções de preço do Bitcoin para 2025 variam entre US$ 120.000 e US$ 200.000, apoiadas pelo interesse contínuo de instituições e pela incerteza macroeconômica. O Ethereum, por sua vez, deve atingir entre US$ 2.800 e US$ 5.000, impulsionado por restrições de oferta e pelo crescimento do uso em casos de tokenização de ativos do mundo real”, apontou.

Prado, aponta ainda que com ativos tradicionais de proteção, como o ouro, tendo desempenho abaixo do esperado, o Bitcoin vem ganhando espaço como diversificador de portfólio. No entanto, sua correlação com ações em momentos de estresse no mercado e sua susceptibilidade a correções bruscas ainda o classificam como um ativo de alto risco.

“Para a maioria dos portfólios, uma alocação prudente seria entre 2% e 5%, com mudanças macroeconômicas e desenvolvimentos regulatórios provavelmente moldando sua trajetória daqui para frente”, afirma.

O analista e fundador da Outset PR, Mike Ermolaev, também aponta um cenário positivo dizendo que o interesse aberto em opções de Bitcoin atingiu um novo recorde com opções de compra com preço de exercício de US$ 300.000 expirando em 27 de junho, mostrando um grande interesse dos investidores e reforçando o momento de alta.

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Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, afirma que o mercado está bem favorável para o Bitcoin nesse momento, buscando uma consolidação acima de US$ 110 mil.

“E não esquecer do nosso alvo, que falamos desde lá nos US$ 92 mil e depois nos US$ 98 mil. Dissemos que, se o mercado trabalhasse acima desses US$ 92 mil ou US$ 98 mil, nós iríamos buscar os alvos de US$ 114 mil, depois US$ 124 mil. Então, nosso alvo final dessa pernada de alta seria US$ 124 mil, no primeiro momento”, aponta.
Suporte e alvos para o Bitcoin no curto prazo.

Altcoins começam a ganhar força

Isac Honorato, CEO do Cointimes, aponta que a explosão de demanda por ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos marca um novo capítulo na institucionalização do criptoativo. Com mais de US$ 25 bilhões movimentados na última semana e aportes líquidos superiores a US$ 2,75 bilhões, estamos diante de uma força compradora inédita e, ao que tudo indica, ainda longe do esgotamento.

O protagonismo é da BlackRock, que registrou 30 dias consecutivos de entrada de capital e já administra US$ 71 bilhões em BTC, o equivalente a 3,3% de toda a oferta existente.

“Esse dado mostra, de forma clara, que o Bitcoin não é mais tratado como um ativo alternativo. Ele está se tornando um ativo fundamental”, afirma Honorato.

Após atingir US$ 112 mil, o Bitcoin recuou levemente para a casa dos US$ 109 mil. Segundo Isac, esse movimento de realização é natural e saudável. “Holders de curto prazo embolsaram mais de US$ 11 bilhões em lucros recentemente. Isso alivia o mercado no curto prazo e abre espaço para uma retomada mais sustentável.”

A análise técnica reforça essa visão: baixa volatilidade, suporte forte na região dos US$ 95 mil e perspectivas favoráveis no segundo semestre criam um ambiente propício para novas máximas.

“Se os aportes institucionais seguirem entrando, como vimos com a BlackRock, é apenas uma questão de tempo até vermos o BTC romper novas barreiras.”

Os ETFs de Ethereum também estão ganhando tração, enquanto altcoins como UNI, LINK e AVAX se destacam com ganhos sólidos. Para Isac, “isso mostra que o mercado ainda tem fôlego e que os investidores estão confiantes o suficiente para buscar oportunidades além do Bitcoin.”

O alerta, segundo ele, está no equilíbrio entre realização e entrada de capital: “Se o dinheiro novo não continuar entrando, podemos ver uma pausa mais longa ou até uma correção mais acentuada. Mas, por ora, o cenário é construtivo.”

“Estamos numa corrida de longa distância, não num sprint. O Bitcoin está sendo absorvido por players institucionais em um ritmo sem precedentes e o mercado inteiro está sendo reprecificado. Quem entende isso se posiciona agora. Quem espera por confirmação, corre o risco de chegar tarde demais.”

Portanto, o preço do Bitcoin em 27 de maio de 2025 é de R$ 626.102,51. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 27 de maio de 2025, são: Quant (QNT), Virtuals Protocol (VIRTUAL) e Tokenize Xchange (TKX) , com altas de 12%, 9% e 7% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 27 de maio de 2025, são: Monero (XMR), Pi Network (PI) e Hyperliquid (HYPE) todas com quedas de -6%, -4% e -2%.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão