A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta sexta-feira, 23/05/2025, em R$ 630.409,45. Os touros estão com força e elevaram o preço do BC para US$ 111 mil com apetite para novas altas ao longo dos próximos dias.

Ontem, quase US$ 1 bilhão entraram nos ETFs spot nos EUA, totalizando mais de 1.200.000 BTC em posse das gestoras, o que sinaliza um forte apetite institucional pela criptomoeda.

Bitcoin análise macroeconômica

A nova máxima histórica do Bitcoin é um sinal claro da confiança crescente — tanto de investidores individuais, quanto institucionais. Prova disso são os aportes robustos nos ETFs de Bitcoin à vista ao longo de maio, mostrando um mercado movido por convicção.A presença dos criptoativos no dia a dia das pessoas só aumenta. A regulação, que por muito tempo correu atrás da inovação, começa a se alinhar com ela — com avanços importantes nos Estados Unidos, na Europa e em outras regiões estratégicas. O universo cripto está cada vez mais entrelaçado com o sistema financeiro tradicional, com as discussões públicas e com a rotina das pessoas”, declarou Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance para América Latina.

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos iniciaram o dia com leves ganhos, enquanto os futuros dos principais índices americanos estão sendo negociados em níveis praticamente estáveis.

Segundo ele, essa cautela nos mercados reflete as crescentes preocupações fiscais nos EUA, especialmente após a aprovação do projeto de lei fiscal de US$ 3,8 trilhões. Os rendimentos dos títulos de 30 anos, que vêm preocupando o mercado, recuaram levemente para 5,037%, sugerindo que estão encontrando suporte, embora ainda em níveis elevados. O dólar segue em queda, enquanto o euro e o iene apresentaram valorização.

“O Bitcoin, por sua vez, atingiu um novo recorde histórico de US$ 111.819, impulsionado pela busca por ativos alternativos diante da incerteza econômica e da volatilidade nos mercados tradicionais. A tendência no curto prazo é de que o Bitcoin mantenha seu movimento de alta, com potencial para renovar novas máximas à medida que o dólar se desvalorize e a demanda por ativos alternativos de reserva, como o próprio Bitcoin e o ouro cresça”, afirmou.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destacou que ontem foi o terceiro dia consecutivo de ganhos para o Bitcoin, que já acumula uma alta de mais de 18% só este mês. Para o analista é interessante observar que o BTC caminhou na direção contrária às bolsas norte-americanas hoje. Apenas a Nasdaq apresenta alta. Ou seja, os fundamentos do Bitcoin, de fato, estão mais fortalecidos do que o ambiente tradicional.

“Essa perspectiva fica mais clara, quando a gente adiciona a situação econômica dos Estados Unidos como variável. Hoje, vimos uma divergência nos dados dos pedidos de seguro-desemprego, que mostraram um desemprego possivelmente caindo, mas o mercado de trabalho ainda não conseguiu recuperar parte da massa trabalhadora”, disse.

Fernandes aponta que ao mesmo tempo, os PMIs mostraram uma crescente força nos setores de Serviços e Industriais. Ou seja, há uma certa dúvida ainda, neste momento, entre como o desenvolvimento econômico está impactando no mercado de trabalho.

“Como isso diz respeito fortemente à macroeconomia do país, o investidor parece, pelo menos neste recorte, ter optado por um ativo mais sólido, como o BTC, do que apostar nas empresas tradicionais”, afirma.

Bitcoin análise técnica

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que se o BTC continuar seu movimento de alta, poderá estender sua valorização em direção a um nível psicológico chave de US$ 120.000.

O Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico semanal marca 68, apontando para cima em direção ao seu nível de sobrecompra de 70, indicando forte impulso de alta. Além disso, a Convergência e Divergência das Médias Móveis (MACD) no gráfico semanal também apresentou um cruzamento de alta, emitindo sinais de compra e corroborando a tese otimista. O BTC também , apresenta um histograma verde ascendente acima do seu nível neutro de zero, indicando forte momentum de alta e a continuação de uma tendência de alta”, disse.

Para Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, aponta que ao analisar o fluxo, podemos observar que a força compradora continua predominante, sugerindo continuidade do movimento de alta.

 “Para que possamos fazer uma projeção para o preço do ativo, foi utilizado a ferramenta de extensão de Fibonacci, portanto, se houver continuidade da alta, os próximos alvos de curto e médio prazo estão nas faixas de preço de US$ 112.950 e US$ 116.280”, disse.

Segundo ela, caso entre força vendedora e reverta o movimento, haverá suportes de curto e médio prazo nas regiões de liquidez dos US$ 102.080 e US$ 94.700.

“Uma empresa sueca anunciou uma nova estratégia de aquisição de Bitcoin, comprando a preços recordes e impulsionando sua capitalização de mercado em 40%”, destacou Valentin Fournier, analista-chefe de pesquisa da BRN.

Pouco depois, uma companhia listada na Nasdaq revelou planos de acumular mil BTC ao longo do próximo ano. Segundo Fournier, “essas movimentações evidenciam a crescente confiança corporativa na trajetória de longo prazo do Bitcoin, mesmo em níveis elevados, reforçando seu papel como ativo estratégico de tesouraria”.

Os fluxos para ETFs também surpreenderam positivamente. “Ontem, os ETFs de Bitcoin registraram US$ 935 milhões em entradas líquidas, enquanto o Ethereum viu US$ 110 milhões — valores que superam com folga as médias diárias recentes e sustentam a força do mercado”, explicou o analista.

No entanto, Fournier faz um alerta: “O fim de semana representa um risco de curto prazo. Com a ausência de fluxos institucionais, a descoberta de preços do Bitcoin pode perder fôlego temporariamente”.

O analista também comentou sobre a estratégia atual de posicionamento: “Sem grandes ventos contrários macroeconômicos, mas com uma estrutura de curto prazo potencialmente frágil, estamos reduzindo exposição — especialmente em altcoins — e aumentando a alocação em caixa”.

Para ele, “esperamos volatilidade e uma correção ao longo do fim de semana, já que as instituições não estarão ativas para sustentar os preços dos ativos digitais”. Fournier concluiu: “Os pontos de reentrada devem surgir na próxima semana”.

Posicionamento atual recomendado:

  • Caixa: 50% – “Mudança defensiva antes do fim de semana”

  • Bitcoin: 30% – “Ainda lidera, mas sob pressão no curto prazo”

  • Ethereum: 10% – “Mantém a liderança entre as altcoins”

  • Solana: 10% – “Desempenho recente acima da média está moderando”

Novo momento para o Bitcoin

Para Bernardo Srur, CEO da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto), estamos vivendo um momento histórico para o mercado de criptoativos. Ver o Bitcoin ultrapassar os US$ 111 mil, atingir um valor de mercado de mais de US$ 2,17 trilhões e se tornar o quinto ativo mais valioso do mundo, à frente de empresas como Amazon, é um sinal claro do avanço desse mercado no cenário financeiro global. O Bitcoin não é uma tendência passageira, é uma transformação estrutural dos mercados financeiros.

“Há pouco mais de uma década, esse ativo era visto como uma inovação experimental. Hoje, está lado a lado dos maiores ativos do mundo. O crescimento dos ETFs nos Estados Unidos, com um fluxo líquido que já ultrapassa US$ 3,6 bilhões só em maio, mostra que o mercado institucional não apenas aderiu, mas está acelerando sua exposição ao Bitcoin”, disse.

Segundo Sur, o Bitcoin cumpre, cada vez mais, seu papel como reserva de valor global. Em um mundo marcado por incertezas econômicas, políticas e monetárias, investidores buscam ativos que sejam escassos, resilientes e descentralizados. O Bitcoin oferece exatamente isso. E essa tese tem sido reforçada por movimentos concretos, tanto no mercado internacional quanto aqui no Brasil, onde temos um ambiente regulatório robusto e inovador, que favorece a segurança jurídica e o desenvolvimento sustentável do mercado de ativos digitais.

O Bitcoin pode ou não se tornar o ativo mais valioso do mundo? Tecnicamente, sim. É claro que existem desafios, volatilidade e ajustes de mercado, mas os fundamentos que sustentam o Bitcoin são cada vez mais sólidos. Se a adoção institucional continuar acelerada e se os avanços regulatórios globais seguirem fortalecendo o setor, é totalmente possível imaginar o Bitcoin disputando, em alguns anos, o topo do ranking global., aponta.

Portanto, o preço do Bitcoin em 23 de maio de 2025 é de R$ 625.359,39. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 23 de maio de 2025, são: Worldcoin (WLD), Hyperliquid (HYPE) e Artificial Superintelligence Alliance (FET), com altas de 20%, 19% e 17% respectivamente .

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 23 de maio de 2025, são: Official Trump (TRUMP), Sui (SUI) e Pi Network (PI), com quedas de -9%, -6% e -5% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão