O analista de mercado conhecido como "Bitcoin Jack" fez uma série de posts no Twitter argumentando que a nova tecnologia que está para ser implementada na rede Bitcoin conhecida como "Schnorr Signatures" não vai trazer total privacidade para o ativo digital.

Enquanto a maioria das pessoas está focada no evento que diminuirá a recompensa dos mineradores do Bitcoin pela metade - o halving do Bitcoin - alguns já estão estudando uma das próximas novidades na rede do ativo digital: a privacidade.

Uma nova técnica está para ser implementada na rede Bitcoin com o objetivo de trazer mais privacidade ao ativo digital, a "Schnorr Signatures". O especialista em Bitcoin Andreas Antonopoulos explicou:

"As assinaturas de Schnorr são melhores porque têm certas peculiaridades na maneira como a matemática se desenvolve. Assinaturas digitais são números, são apenas números. A forma como você calcula esses números é de tal maneira que outra pessoa pode verificar se você calculou esse número com conhecimento da chave privada sem realmente revelar essa chave privada. Eles podem verificar se você possui a chave privada quando fez a assinatura. Um algoritmo de assinatura digital é apenas uma função matemática que fornece um número como resultado da aplicação da chave privada a uma mensagem, de forma que alguém possa verificar se esse número revela que você conhecia a chave privada sem conhecer a chave privada. Existem dois aspectos: assinar e verificar. As assinaturas Schnorr exibem certas características que as tornam melhores."

Pieter Wuille, desenvolvedor da empresa Blockstream, anunciou na última quinta-feira (23) que a proposta final para implementar a nova tecnologia foi publicada. Ele afirmou:

“Isso significa que esses documentos são nossa proposta final para integrar Schnorr e Taproot no Bitcoin. Se é aceito pelo ecossistema, e como, depende de você.”

O analista de mercado conhecido como "Bitcoin Jack", também compartilhou opinião sobre o assunto e afirmou que o esquema de criptografia Schnorr permitiria melhorias no protocolo Bitcoin como eficiência de espaço de bloco, níveis um pouco mais altos de privacidade e melhor segurança.

No entanto, afirmou que a nova técnica não tornará as transações Bitcoin privadas:

"Veja bem, o Bitcoin é aberto. Entendo que existem certos protocolos criados com base no protocolo Bitcoin que oferecem algum tipo de ofuscação de transação / propriedade, mas são soluções de segunda camada para um problema que deve ser resolvido nativamente. As pessoas confundem Schnorr para tornar o Bitcoin privado, isso não acontece.”

Embora enfatize que a Schnorr não tornaria o Bitcoin privado, Jack afirmou que a técnica garantirá que as transações ocupem menos espaço na blockchain, permitindo assim que mais transações sejam processadas e até reduzindo as taxas.

O analista também esclareceu que a técnica Schnorr introduziria várias melhorias, no entanto, não implementará no Bitcoin a característica da fungibilidade pela privacidade:

"Provavelmente, com a adoção total, é possível economizar até 25% de espaço e, assim, aumentar a taxa de transferência e reduzir as taxas. Ele também irá mascarar os tipos de transação, protegendo efetivamente as chaves públicas que participam de, por exemplo, transações multi-sig. Ele cria uma camada de "privacidade" aprimorada, ocultando algumas informações de transação, tornando a cadeia mais rápida e menos transparente."

O Bitcoin tem ganhado novas funcionalidades com o passar dos anos e a rede está cada vez mais desenvolvida - a Lightning Network é provavelmente o melhor exemplo.

Como mostrou o Cointelegraph, Samson Mow acredita que a rede Lightning já consegue processar mais transações que concorrentes como a Visa e o AliPay.